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EFAF - ARTIGO DE OPINIÃO - SMARTPHONE

ARTIGO DE OPINIÃO - EF ANOS FINAIS

A INTERFERÊNCIA DO SMARTPHONE
ARTIGO DE OPINIÃO
ID: GVL

Texto I

Os adolescentes estão no grupo social em que os smartphones mantiveram e mantêm o maior impacto. E, por terem nascido, praticamente, no mesmo momento em que essa tecnologia era introduzida na sociedade, eles utilizam os recursos e ferramentas do dispositivo de modo intenso e ágil, além de se adaptarem e de acompanharem com maior facilidade e avidez a sua rápida evolução. Logo, a onda tecnológica de hoje são os smartphones. E a vitalidade dos adolescentes atuais vem através do desenvolvimento de uma dependência desses aparelhos que, cada vez mais, consolida-se como extensão existencial nos adolescentes. Para essa geração de jovens, adquirir um smartphone é tornar-se adolescente. Pois ele acaba tendo uma participação no modo como os adolescentes se percebem diante de si e dos outros, e na sua maneira de se inserir no mundo.

Disponível em: https://andi.org.br/infancia_midia/os-adolescentes-e-os-smartphones/. Acesso em 4.jul.2022.



Texto III

Fumar era normal. As pessoas acendiam o primeiro cigarro logo ao acordar, e repetiam o gesto dezenas de vezes durante o dia, em absolutamente todos os lugares: lojas, restaurantes, escritórios, consultórios, aviões. (...) Olhamos para trás e nos surpreendemos ao perceber como as pessoas se deixavam escravizar, aos bilhões, por algo tão nocivo. Enquanto fazemos isso, porém, vamos sendo dominados por um vício ainda mais onipresente: o smartphone. Vivemos grudados em nossos smartphones porque eles são úteis e divertidos. Mas o que pouca gente sabe é o seguinte: por trás dos ícones coloridos e apps de nomes engraçadinhos, as gigantes da tecnologia fazem um esforço consciente para nos manipular, usando recursos da psicologia, da neurologia e até dos cassinos. “O smartphone é tão viciante quanto uma máquina caça-níqueis”, diz o americano Tristan Harris. E o caça-níqueis, destaca ele, é o jogo que mais causa dependência: vicia três a quatro vezes mais rápido que outros tipos de aposta. “Quando desbloqueamos o celular e deslizamos o dedo para atualizar nosso e-mail ou ver a foto seguinte numa rede social, estamos jogando caça-níqueis com o smartphone”, afirma Harris.

B. Garattoni e E. Szklarz, “Smartphone — o novo cigarro”. Disponível em: https://super.abril.com.br/especiais/smartphone-o-novo-cigarro/


Texto IV

Os telefones móveis servem tanto para conectar indivíduos quanto para isolá-los. Enquanto esses dispositivos oferecem meios para manter contato com amigos e familiares, criando pontes em distâncias geográficas, eles também podem levar ao isolamento social. Estudiosos apontam que o uso intensivo de smartphones está correlacionado com um aumento nos níveis de solidão e ansiedade. As interações virtuais frequentemente substituem as conexões humanas reais, e o tempo gasto em telas pode afetar negativamente a qualidade das relações interpessoais. Portanto, é fundamental buscar um equilíbrio saudável no uso do celular para que a tecnologia seja um meio de conexão, e não uma barreira para o convívio social.

Gislaine Buosi, educadora.


COMANDO: Escreva um Artigo de Opinião em que seja abordado o tema: “Smartphone – a interferência da tecnologia na vida dos adolescentes - conexão ou isolamento?”


O ARTIGO DE OPINIÃO é um texto em que o autor expõe seu ponto de vista a respeito de algum tema polêmico. É um gênero textual que se apropria, predominantemente, do tipo dissertativo. Dá-se o nome de articulista àquele que escreve o Artigo.

Inserido nos grandes jornais, o Artigo é um serviço prestado ao leitor, com o objetivo de convencê-lo acerca não só da importância do tema ali enfrentado, como também da relevância do posicionamento do articulista. São comuns o apelo emotivo, as acusações, o humor, a ironia – tudo baseado em informações factuais. O Artigo, geralmente, é escrito na 1ª pessoa, leva título e assinatura.

A estrutura do Artigo de Opinião, ainda que maleável, procura seguir: 1) introdução, com a apresentação do tema e da tese a ser defendida; 2) desenvolvimento, com as argumentações para a defesa da tese e 3) conclusão, com a reafirmação da tese e a provocação do leitor, encaminhando-o para as próprias reflexões.

ALERTA! Cuidado com as armadilhas da primeira pessoa: Ainda que você desenvolva um texto de opinião, não escreva: “eu acho que”; “na minha opinião”; “no meu modo de pensar” etc., porque essas expressões são consideradas armadilhas da primeira pessoa.

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