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EDITORIAL - MODELO UFU - ABANDONO PARTERNO E MÃE-SOLO
UFU - EDITORIAL
EDITORIAL – MODELO UFU – ID: I9Q
ABANDONO PATERNO E MÃE-SOLO
ORIENTAÇÃO
GERAL - Leia com atenção todas as instruções:
. Se
for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o
aspecto da situação escolhida que você pretende abordar. Escreva o título no
lugar apropriado na folha de prova.
. Se a
estrutura do gênero exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ ou
JOSEFA. Em hipótese nenhuma escreva seu nome, pseudônimo, apelido etc. na folha
de prova.
. Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os. Não copie trechos dos
textos motivadores.
ATENÇÃO:
se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas do tema,
sua redação será penalizada.
Texto I
Onde estão os pais no Brasil?
O abandono paterno machuca milhares
de crianças e mães-solo
No país, 11 milhões de mulheres criam
seus filhos sozinhas, e 90% delas são negras. Para cuidar das crianças, entram
em uma jornada de desgaste, culpa e rejeição, enquanto é naturalizado que os
homens abdiquem dessa responsabilidade a qualquer momento, por qualquer motivo.
Por quê?
No Brasil, há mais de 11 milhões de
mulheres que cuidam sozinhas de seus filhos – esse dado que foi atualizado em
maio de 2023, pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio
Vargas, e escancara a epidemia de abandono paternal enfrentada por diversas
famílias brasileiras. Entre 2012 e 2022, 90% das mães-solo são negras. A falta
da figura do pai dentro das dinâmicas familiares, problema naturalizado em todo
país, tem sido mais discutida e questionada a passos pequenos – muito pelas
próprias mães-solo, que tentam levar o assunto para a superfície do debate
público. Mesmo com alguma notoriedade, a responsabilização de homens diante da
paternidade não aumentou. No último ano, o índice de crianças registradas sem o
nome do pai cresceu 1,6%, de acordo com números da Associação Nacional dos
Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil): foi de 162.409 para 165.050 entre
janeiro de 2022 e 2023 – considerando que 2,5 milhões de bebês nasceram neste
período no país.
CETRONE, Camila. Disponível em:
https://revistamarieclaire.globo.com/maes-e-filhos/noticia/2023/08/abandono-paterno-brasil-machuca-criancas-maes-solo.ghtml.
Adaptado. Acesso em 6.dez.2023.
Texto II
Mais de 5,5 milhões de brasileiros
não têm registro paterno na certidão de nascimento
De acordo com Belinda Mandelbaum,
professora de Psicologia Social no Instituto de Psicologia da USP e
coordenadora do Laboratório de Estudos da Família (LEFAM), “a ausência paterna
decorre de um vínculo com a criança que, de alguma maneira, não tem força o
suficiente para se sobrepor a outros interesses ou necessidades desse pai.”
Assim, ele deixa de cumprir uma função paterna, que pode ser tanto de natureza
material, intelectual ou afetiva: três formas de abandono. Os dois primeiros
estão previstos no Código Penal. O último, entretanto, só começou a ser tratado
na Justiça nos últimos anos. O abandono material acontece quando se deixa de
prover, sem justa causa, a subsistência do filho menor de 18 anos a partir da
não garantia de recursos, de pensão alimentícia ou perante negligência em
prestar socorro em caso de enfermidade grave. A pena para este crime é de um a
quatro anos de detenção, além de multa fixada entre um e dez salários mínimos.
O intelectual, por sua vez, ocorre quando o responsável deixa de garantir a
educação primária do seu filho, dos 4 aos 17 anos, sem justa causa. A pena para
a situação, além de multa, é de quinze dias a um mês de reclusão. A indiferença
afetiva de um genitor em relação a seus filhos, ainda que não exista abandono
material e intelectual, pode ser constatada como abandono afetivo. (...) Para
Fabiana Mazzorana, de 31 anos, sua família é a mãe e a avó materna. Ela conta
que ele e seu pai se dão muito bem quando conversam, mas enfatiza que tal troca
de palavras só acontece quando ela o procura. Esse distanciamento, por sempre
ter existido, foi natural para ela durante sua infância, mas, quando cresceu e
entendeu melhor a situação, começou a sentir um pouco de mágoa. Passou a saber
que ele deveria ter feito a parte dele e não fez. “Tudo o que minha mãe fez,
ele deveria ter feito junto.”
Disponível em: https://www.ip.usp.br/site/noticia/o-abandono-afetivo-paterno-alem-das-estatisticas/
Adaptado. Acesso em 6.dez.2023.
A partir não só do material de apoio,
como também do seu conhecimento de mundo, redija um EDITORIAL sobre o abandono
paterno e a sobrecarga de responsabilidade da mãe-solo.