Ao
encerrar a campanha digital pela valorização dos educadores e professores do
Brasil em alusão ao Dia Mundial do Professor, celebrado em 15 de outubro, o
Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) divulga números sobre a
violência em instituições de ensino, entre janeiro e setembro de 2023. No
período, a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, por meio do Disque 100,
registrou 9.530 denúncias – um aumento de cerca de 50% em comparação ao período
anterior, quando mais de 6,3 mil denúncias aconteceram. Como cada denúncia pode
conter uma ou mais violações de direito, os dados de 2023 revelam que mais de
50 mil violações foram recebidas e encaminhadas a órgãos competentes. De acordo
com o Painel de Dados do Disque 100, as denúncias aconteceram no cenário
escolar, envolvendo berçário, creche e instituições de ensino. As regiões com
maior quantidade de registros são, respectivamente, São Paulo, Rio de Janeiro e
Minas Gerais. Quando observadas as violações registradas, o aumento entre 2022
e 2023 alcança o patamar de 143,5%, saltando de 20.605, em 2022, para 50.186 em
2023. (...) Titular do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) e
também professor, o ministro Silvio Almeida enfatiza que o país precisa ter um
novo olhar para os docentes, inclusive no que se refere ao respeito, reiterando
o compromisso do MDHC com o direito e a liberdade do professor ensinar.
30-3-2023 – Em Tenoné,
Belém, um estudante de 17 anos, do 1º Ano do Ensino Médio, desferiu ao menos três
golpes de faca contra um colega de turma. Uma testemunha relatou que a
motivação para o ataque teria sido uma desavença por conta da vítima ter
arremessado bolas de papel no agressor. A Polícia Militar foi acionada e, após vistoriar
a mochila do agressor, os policiais encontraram outras armas brancas, como uma
machadinha, um estilete e mais uma faca. (...) O agressor foi encaminhado para
a Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data) para prestar esclarecimentos.
Quando se fala em
violência escolar, levanta-se a questão de crianças e adolescentes serem, ao
mesmo tempo, autores e vítimas dessa situação. A violência pode ter como causa
o fato de pessoas, ainda em formação, viverem em ambientes igualmente violentos,
como é o caso de crianças e adolescentes cujos pais discutem ou se agridem
física e emocionalmente. O abandono parental, a violência doméstica, a
incidência de cenas violentas nas mídias digitais, a falta de empatia e tantas
outras manifestações comportamentais negativas em decorrência das mazelas socioeconômicas
estão intimamente ligados à formação cidadã.
Gislaine Buosi
Texto V
Para conter o problema de
violência nas escolas do estado, o governo anunciou algumas ações. O Secretário
de Educação do Estado de São Paulo disse que a secretaria planeja contratar 150
mil horas de atendimento psicológico e psicopedagogo para as escolas estaduais.
A gente fazia atendimento virtual na época da pandemia. Independentemente da
tristeza de hoje, já está prevista a contratação de 150 mil horas de
atendimento de psicólogos e psicopedagogos para as escolas. (...) Desde 2019, a
Secretaria de Estado da Educação desenvolve um programa de melhoria da convivência
e proteção escolar, chamado Conviva SP, por meio do qual o ambiente escolar
pode ser transformado em um ambiente mais acolhedor, colaborativo e seguro.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: Com
base na leitura dos textos motivadores apresentados e nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija um texto
dissertativo-argumentativo em norma-padrão da Língua Portuguesa, sobre o tema: Desafios para conter a violência nas escolas brasileiras.