Da Floresta Amazônica ao Estatuto do Idoso, do ECA à Intolerância Religiosa, a banca do Enem já pensou em… quase todos os temas para a redação!
Antes de falar sobre temas potenciais para redação do Enem, convém lembrar que ela representa 20% da nota final do candidato. Um bom resultado no Enem é a porta de entrada para as maiores universidades nacionais e internacionais. Confira aqui.
E então a pergunta mais frequente nas aulas de Redação dos cursos pré-vestibulares: “Professor, qual o tema da redação do Enem esse ano?”
A Redigir tem lá seus palpites! A equipe pedagógica da Redigir tem professores atentos ao contexto social, às principais ocorrências que, recentemente, causaram impacto no Brasil e no mundo. Sem dúvida, nesse post há indicação de temas potenciais para o Enem!
Bora lá?
1 – Saúde Pública, ou seja, assistência médico-hospitalar gratuita a toda a população, é garantida pela Constituição Federal de 1988. É oferecida por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), que, ao longo de mais de trinta anos, tem procurado cumprir a missão: atender 150 milhões de pessoas. O Brasil é o único país que atinge essa marca. É verdade que a pasta da Saúde carece de maiores investimentos governamentais, mas é preciso anotar que grande parte da sociedade brasileira, apesar de usar o SUS, desvaloriza-o. Isso acontece por conta do alarido das mídias sensacionalistas, que investem, inclusive na propagação de fake news.
Escreva sobre esse tema potencial: “A importância da valorização do Sistema Único de Saúde (SUS)”. Acesse aqui.
2 – Educação Financeira é a habilidade de gerenciar receitas, oportunidades e despesas. É, tem tese, saber gastar, e não, necessariamente apenas economizar. O Serasa Experian nos traz um índice expressivo: em maio de 2019, 8,6 milhões de jovens entre 18 e 25 anos estavam inadimplentes. A falta da educação financeira traz várias consequências, como o consumismo, o endividamento, o empréstimo a juros extorsivos e o comprometimento do nome do devedor. A Educação Financeira deve ser incentivada por escolas, fam´ílias e mídias digitais.
3 – Planejamento Familiar, ao contrário do que acontece, deve fazer parte da cultura da humanidade. Dados recentes apontam que o índice médio da natalidade brasileira está em equilíbrio. Entretanto, fala-se de um pseudo-equilíbrio, uma vez que nascem poucos filhos nas famílias que dispõem de renda capaz de manter alimentação, saúde, educação, lazer, enquanto nascem muitos filhos nas famílias carentes, de pouco ou nenhum recurso – isso mantém a desigualdade social.
4 – Projeto de vida agora é lei! A formação escolar deve ir além do ensino das áreas de exatas, humanas e biológicas. Isso porque, quando se fala em “formação”, fica subentendida a noção de futuro, de competências plenas para o exercício da cidadania. Educar é bem mais do que ensinar, ou seja, é bem mais do que lidar com apostilados, quadros e giz. A instituição deve incentivar o estudante a construir seu projeto de vida. Uma das competências da Base Comum Curricular (BNCC), o Projeto de Vida na Escola consta numa Resolução do Ministério da Educação, de dezembro de 2018, com previsão para a completa adequação nos currículos escolares a ser implantada no ano de 2022.
5 – Doação de Órgãos é ainda tabu a ser vencido. As filas de pessoas que necessitam de transplantes de órgãos têm aumentado e um número cada vez menor de potenciais doadores tem sido notificado às centrais de transplantes. Embora exista, por parte dos órgãos de comunicação em massa, um incentivo à doação de órgãos, a resistência da família – dona do corpo – ainda é grande.
6 – Evasão Escolar é motivo de preocupação de todos os atores sociais. Pesquisas recentes indicam que há 2 800 milhões de crianças de 7 a 17 anos fora da escola, o que compromete a formação profissional e até emocional não apenas da criança que se evade da escola, como também das pessoas a ela implicadas. Sem dúvida, a educação está intimamente ligada à satisfação e à ascensão social. Sem ela, crianças, jovens e adultos ficam expostos a vulnerabilidades, perpetuando-se a desigualdade social.
7 – Etarismo, também chamado ageísmo ou idadismo, é o preconceito em razão da idade. Geralmente, pessoas idosas é que são alvos de comportamentos discriminatórios, capacitistas, uma vez que são vistas como incapazes, frágeis, debilitados. Atitudes ageístas são detectadas no âmbito familiar, institucional, social e, por vezes, até mesmo na própria pessoa, quando se mostra insatisfeita com as limitações naturais do corpo. É inegável: todos temos necessidade da educação para o envelhecimento.
8 – Adoção de crianças e adolescentes: Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em todo o Brasil há, aproximadamente, 6 mil crianças que aguardam a adoção. Para cada uma delas há seis adotantes. Como assim? Há mais adotantes do que crianças a serem adotadas? E por que a adoção não acontece? Por que essas 6 mil crianças já não têm uma família afetiva? O motivo do descompasso é claro: parte significativa dos adotantes sonha com um bebê de cor branca – tudo isso é mais uma mostra do preconceito que ainda está enraizado na sociedade brasileira. A adoção de adolescentes ainda é mais complexa.
9 – Abandono afetivo é assunto que vem ganhando grade repercussão nas sociedades contemporâneas. O dever de assistência material, intelectual e afetiva é recíproco – se, por um lado, cabe aos pais a criação e a proteção dos filhos, por outro, cabe aos filhos, em caso de necessidade, a proteção, o sustento e o amparo aos pais. O abandono de incapaz é situação tipificada como crime, e há penalização severa ao criminoso.
10 – Consumo de álcool por adolescentes é tema que tem trazido preocupações não apenas a famílias, educadores e profissionais da saúde, como também a gestores da Saúde Pública. Pesquisas revelam que aproximadamente 50% dos jovens com idade entre 12 e 17 anos já consumiram bebidas alcoólicas. A idade de experimentação e de início do uso regular do álcool ocorre aos 14 e 15 anos, respectivamente. Entre estudantes de 13 a 15 anos, 54,3% já experimentaram alguma bebida alcoólica e 21% já tiveram algum episódio de embriaguez.
Escreva sobre esse tema potencial: “Caminhos para reduzir o consumo de álcool por adolescentes no Brasil do século 21”. Acesse aqui.
11 – Medicina preventiva, como o próprio nome adianta, é fundamentalmente voltada aos cuidados antecipados e prescreve, em especial, a adesão a campanhas de vacinação, a exames periódicos, a comportamentos de autocuidado e a check-up regulares. Ainda que a Constituição Federal garanta Saúde Pública de qualidade a todos os brasileiros, falta-nos a cultura da prevenção. Será que isso pode se justificar pela dificuldade de acesso ao atendimento público?
Escreva sobre esse tema potencial: “Caminhos para viabilizar a medicina preventiva no Brasil”. Acesse aqui.
12 – Homeschooling ou Educação Domiciliar ou, ainda, Desescolarização, é assunto discutido por educadores, legisladores e, em geral, pela comunidade. No Brasil, esse modelo de ensino, em tese, não está contemplado na legislação. Familiares que já adotam ou pretendem adotar o homeschooling firmam-se no dispositivo constitucional, no art. 205, segundo o qual “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade” – daí a educação domiciliar. Entretanto, o Estatuto da Criança e do Adolescente (EAC) prescreve, no art. 129, que é “obrigação dos pais ou responsáveis matricular o filho na escola e acompanhar a frequência e o aproveitamento do ensino”. O conflito de leis fomenta a polêmica!
Escreva sobre esse tema potencial: “A polêmica em torno do homeschooling no Brasil do século 21”. Acesse aqui.
E então? Que tal ler um pouco mais sobre esses temas potenciais para redação do Enem? E escrever, claro! O debate começa aqui e pode terminar com sua nota máxima!
Precisa de modelos de redação Enem?
Acesse: Modelo I, Modelo II, Modelo III, Modelo IV e Modelo V.
A gente vai se falando!
Prof.ª Gislaine Buosi
Produção e Curadoria de Conteúdo
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