Alunos, professores e gestores do Ensino Fundamental, bem-vindos a mais uma temporada de episódios do Podcast Redigir Fundamental, uma ferramenta infalível para aprimorar as redações! Preparem-se para uma verdadeira revolução – a professora Gislaine Buosi, semanalmente, grava episódios que, além de muito criativos, atendem perfeitamente a demandas cada vez mais exigentes. Por aqui, há técnica e sensibilidade a toda prova!
Conheçam propostas dos mais variados gêneros redacionais, como Resenhas, Editoriais, Crônicas, Artigos de Opinião e Fábulas, cuja coletânea de apoio é não só bem selecionada, como também atualizada. São atividades que despertam a curiosidade dos estudantes, incentivando-os a explorar temas contemporâneos e talvez até – quem sabe? – se descobrirem escritores de ficção!
Sem dúvida, o Podcast Redigir Fundamental é o grande aliado das aulas de redação! Juntem-se a nós, na linha de frente da Educação com a Plataforma Adaptativa Redigir.
Confiram o episódio!
Olá! Seja muito bem-vindo ao Podcast Redigir! Eu sou Gislaine Buosi, escritora e professora de Redação e Literatura.
Hoje faço alguns comentários a respeito de um gênero textual que, à primeira vista, pode ser até que seja considerado fácil de ser desenvolvido, mas, sem dúvida, existem particularidades que, muitas vezes, passam despercebidas. Falo de resumo, gênero textual utilizado por alunos de todos os segmentos, por acadêmicos até. Isso sem mencionar o sem-número de profissionais que têm na linguagem escrita sua ferramenta de trabalho, e resumem textos de caráter expositivo, científico, literário etc.
Resumir é reescrever certo conteúdo, que, por quaisquer motivos, seja considerado extenso, numa versão seletiva e compacta. Além de textos, é possível resumir, por meio da linguagem escrita, filmes, palestras, discursos etc.
O resumo há de ser lógica e coerentemente estruturado – ele não é apenas um apanhado de ideias e frases soltas.
Outro detalhe: embora se trate de escrita pessoal, o resumo não comporta comentário nem acerca do tema nem acerca do posicionamento crítico adotado pelo autor do texto-base.
O estilo adotado por quem escreve o resumo não deve distanciar-se do adotado pelo autor do texto – não convém usar o tom coloquial para reescrever um texto formal – artigos científicos ou jornalísticos, por exemplo.
Mas… como enxugar o texto? Há técnicas, orientações para a escrita de resumos?
Para a composição de resumos de textos escritos, sobretudo os de viés expositivo ou argumentativo, é preciso, em primeiro lugar, ler atentamente o texto-base e selecionar as partes importantes – comumente, esses dois movimentos são feitos ao mesmo tempo: leitura e grifos das informações essenciais para a apreensão do conteúdo.
O próximo passo é analisar a superfície do texto, ou seja, é apropriar-se exatamente das informações grifadas e, então, organizá-las, agrupá-las em parágrafos e, finalmente, costurá-las, reescrevê-las – temos, assim, o texto enxuto, pronto.
É comum o aluno perguntar se existe uma classe gramatical a ser, de imediato, cortada.
Não digo que existam classes de palavras, mas existem palavras/expressões que, a partir da primeira leitura, atenta!, já podem ser cortadas – adjetivos e exemplificações em excesso, expressões redundantes – provocadas pela repetição de palavras ou ideias; informações secundárias – que até podem ser úteis, mas não, exatamente, necessárias.
Cito alguns exemplos de frases pouco objetivas, prolixas, até:
O brasileiro faz planos, traça metas, tem objetivos, sonha e acredita em um país menos corrupto e mais honesto.
Nesse exemplo, percebe-se que: planos, meta, objetivo e sonho são palavras que ocupam um mesmo campo semântico, ou seja, no contexto, têm o mesmo significado.
Isso também se pode dizer das expressões “menos corrupto” e “mais honesto” – que têm o mesmo propósito.
Uma reescrita possível é: O brasileiro não apenas faz planos, como também acredita num país menos corrupto.
No próximo exemplo, pode-se constatar, imediatamente, que se trata de texto prolixo e vazio:
Com a permissão das vozes mais ouvidas e respeitadas, entre as quais a voz retumbante de estudiosos da área da psicopedagogia, cujos nomes se multiplicam nas academias, levamos em conta, e com muita veemência, a tese de que o bullying seja, incontestavelmente, prejudicial a todos os envolvidos, e que, por esse motivo, deva, obviamente, ser erradicado, em caráter de urgência-urgentíssima.
Todo esse palavrório para dizer o óbvio: o bullying deve ser urgentemente erradicado.
Para o resumo de textos narrativos literários, a estratégia é substituir, o quanto possível, os discursos diretos pelos indiretos. Ouçam o trecho a seguir, recolhido de um conto.
Carlos, o eletricista, chegou e, assim que viu Ademar, o porteiro do prédio, cumprimentou-o:
— Boa tarde, Ademar!
— Boa tarde, Carlos!
— Muito serviço na portaria hoje?
— Muito serviço! E você, terminou a instalação das luminárias, Carlos?
Esse discurso direto, que transmite a voz dos próprios personagens, consumiu, pelo menos 6 linhas. Ele poderia ser transposto para o discurso indireto, quer dizer, para a voz do narrador, que reproduziria o discurso direto. Assim:
Quando Carlos, o eletricista, se encontrou com Ademar, o porteiro do prédio, ambos trocaram informações sobre trabalho.
Em passagens descritivas, convém economizar, o quanto possível, adjetivos e advérbios, sobretudo os repetidos ou inexpressivos.
Por exemplo: Em uma linda, perfeita, maravilhosa, fantástica e ensolarada manhã de agradável e singular primavera, a magnífica Ana Sofia, de cabelos muito longos, pretos e cacheados, abriu a ampla janela do imenso quarto para apreciar o perfumado jardim florido.
Percebe-se que o acúmulo de adjetivos desgasta a leitura, tornando-a enfadonha.
Outro exemplo, em que a caracterização da personagem foi totalmente desnecessária, porque óbvia:
Lorena era uma moça que tinha dois olhos castanhos, um nariz, uma boca e um queixo bem feitos. Os dentes brancos, sempre à mostra, indicavam que ela era feliz. Os pés caminhavam seguros sobre o chão, enquanto os braços acompanhavam o molejo do corpo.
Desnecessária mesmo: em tese, todos têm olhos, nariz, boca, queixo, dentes… todos caminham com os pés no chão, enquanto os braços se movimentam…
Essa caracterização, sem dúvida, poderia ter sido inteiramente excluída.
Então é isso. Acredito que essas orientações tenham sido importantes para a escrita do resumo que está proposta.
E, como sempre, sugiro escrever e, se for preciso, reescrever o texto, verificar a ortografia, as regras e convenções gramaticais.
Isso feito, a redação deverá ser postada e, assim que chegar a correção, é recomendável frequentar o percurso de aprendizagem da Plataforma Redigir, para o aprimoramento da linguagem escrita.
Há outros episódios importantes por aqui!
Confira aqui o episódio anterior.
A Plataforma Redigir é ideal para auxiliar os alunos do Ensino Fundamental a aprimorarem suas habilidades de escrita. Além de fornecer correções de redação, a plataforma oferece recursos exclusivos e adaptativos, incluindo videoaulas personalizadas, tópicos de gramática, listas de exercícios e podcasts.
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