Alunos, professores e gestores do Ensino Fundamental, bem-vindos a mais uma temporada de episódios do Podcast Redigir Fundamental, uma ferramenta infalível para aprimorar as redações! Preparem-se para uma verdadeira revolução – a professora Gislaine Buosi, semanalmente, grava episódios que, além de muito criativos, atendem perfeitamente a demandas cada vez mais exigentes. Por aqui, há técnica e sensibilidade a toda prova!
Conheçam propostas dos mais variados gêneros redacionais, como Resenhas, Editoriais, Crônicas, Artigos de Opinião e Fábulas, cuja coletânea de apoio é não só bem selecionada, como também atualizada. São atividades que despertam a curiosidade dos estudantes, incentivando-os a explorar temas contemporâneos e talvez até – quem sabe? – se descobrirem escritores de ficção!
Sem dúvida, o Podcast Redigir Fundamental é o grande aliado das aulas de redação! Juntem-se a nós, na linha de frente da Educação com a Plataforma Adaptativa Redigir.
Confiram o episódio!
Olá! Seja muito bem-vindo ao Podcast Redigir Fundamental. Eu sou Gislaine Buosi, escritora e professora de Redação e Literatura.
Hoje faço alguns comentários a respeito de um gênero textual do ramo jornalístico que, à primeira vista, pode ser até considerado difícil de desenvolver, mas vai ficar fácil! Falo da redação de RESENHA CRÍTICA, que é uma abordagem analítica acerca de um objeto cultural: um poema, um livro, uma apresentação de balé, uma exposição de arte, uma partida de futebol, um filme etc.
Criticar é “falar mal”, Gislaine?
Opa! Meu aluno imaginário chegou cedo! Você me pergunta se criticar é falar mal… Não é. Abordar criticamente significa opinar, apresentar problemas e qualidades, pontos negativos e positivos que o resenhista julgar importante destacar. Portanto, a resenha não deve apenas apontar falhas (isso, se houver), como deve também fazer elogios, ao mencionar os pontos fortes da obra analisada.
É muito comum jornais de grande circulação veicularem lançamento de livros, e, para isso, o trabalho do resenhista é indispensável – a resenha tem a finalidade de apresentar determinada obra.
Professora, resenha é a mesma coisa que resumo?
Não. A resenha é uma síntese do objeto, podemos dizer, do assunto e – aqui está uma das diferenças: a resenha contém informações sobre o trabalho – fatores que, ao lado de uma abordagem crítica, darão ao leitor (ou ao espectador) os requisitos mínimos para que ele se oriente – esse é o objetivo da resenha: orientar o público consumidor a respeito de determinado objeto cultural.
O resumo, por sua vez, toma o texto original – o autor do resumo seleciona as principais informações desse texto, e o desejável é que ele – o autor – ao compor o resumo, utilize suas próprias palavras. A partir das informações importantes do texto-base, a redação, a reescrita é livre, entende?
Entendo.
Outra coisa: no resumo, diferentemente do que acontece na resenha, não há informações adicionais, nem crítica, nem comentários acerca do conteúdo lido.
A resenha de uma obra literária contemplar, o quanto possível:
1) breve apresentação do autor;
2) breve apresentação da obra – título, gênero, ano da publicação etc.;
3) avaliação crítica sobre a composição da obra, além de mencionar o contexto sociopolítico em que a obra foi escrita e publicada etc.;
4) outras impressões do resenhista;
5) quase sempre, aconselhamento do resenhista acerca daquele objeto cultural – o resenhista o recomendaria? A que tipo de público? Por quê?
Ah… legal, Gislaine:
Legal? Legal é a nossa proposta de redação!
O comando é este: A partir do poema “Ou isto ou aquilo”, de Cecília Meireles, desenvolva uma RESENHA CRÍTICA.
Há na proposta uma breve biografia da poetiza. Leia os textos antes de começar a escrever, ok?
Opa! Ia me esquecendo: Cecília Meireles preferia ser chamada de poeta, e não de poetiza.
E pode, Gislaine?
Sim, o substantivo “poeta” pode ser usado tanto no masculino quanto no feminino.
Hummmm… Gislaine, o poema… você poderia ler?
Claro!
Ou isto ou aquilo
Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo…
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranquilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
Aqui está minha resenha crítica:
A cada escolha, uma renúncia
A propósito de “Ou Isto ou Aquilo”
Por Gislaine Buosi
O poema “Ou Isto ou Aquilo”, da modernista Cecília Meireles, traz uma realidade comum a todas as pessoas: a necessidade de fazer escolhas. Com simplicidade, a autora mostra que, ao optar por uma coisa, algo sempre fica de lado. Não se pode ter tudo ao mesmo tempo — e isso gera uma sensação de perda ou de frustração.
A linguagem é acessível e próxima do cotidiano. Cecília apresenta exemplos ligados ao universo infantil, como escolher entre brincar e estudar, gastar dinheiro com um doce e guardá-lo — e aqui está sugerido um eu lírico amadurecendo. Afinal, em tese, criança não economiza: doce é sempre uma urgência!
Essa abordagem, além de cativante, convida o leitor a refletir sobre a vida adulta, quando as escolhas são inevitáveis, e isso está claro em: “É uma grande pena que não se possa / estar ao mesmo tempo em dois lugares!” A constatação simples revela uma verdade profunda sobre os limites da experiência humana.
A sensibilidade com que é composto o poema também pode estar associada à biografia da autora – órfã desde cedo, criada pela avó, Cecília apalpou, desde a infância, a transitoriedade da vida. Sua frase célebre — “Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar, nem me espantei por perder” — parece ecoar no poema.
Ou Isto ou Aquilo é mais do que um poema para crianças: é uma reflexão poética sobre escolhas, perdas e amadurecimento. Uma leitura essencial, que reafirma Cecília Meireles como uma das grandes vozes da literatura brasileira.
E então? Gostou da minha resenha? Também quero conhecer a sua! E que tal escrevê-la agora (clique aqui)? Vamos lá! Escrever é bom demais!
Escreva, revise e poste sua redação. Assim que ela chegar corrigida, frequente o percurso de aprendizagem da Plataforma Redigir – lá você encontrará tópicos de gramática e listas de exercícios para o aprimoramento da linguagem escrita.
Um abraço e até o próximo episódio!
Confira aqui o episódio anterior.
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