Alunos, professores e gestores do Ensino Fundamental, bem-vindos a mais uma temporada de episódios do Podcast Redigir Fundamental, uma ferramenta infalível para aprimorar as redações! Preparem-se para uma verdadeira revolução – a professora Gislaine Buosi, semanalmente, grava episódios que, além de muito criativos, atendem perfeitamente a demandas cada vez mais exigentes. Por aqui, há técnica e sensibilidade a toda prova!
Conheçam propostas dos mais variados gêneros redacionais, como Resenhas, Editoriais, Crônicas, Artigos de Opinião e Fábulas, cuja coletânea de apoio é não só bem selecionada, como também atualizada. São atividades que despertam a curiosidade dos estudantes, incentivando-os a explorar temas contemporâneos e talvez até – quem sabe? – se descobrirem escritores de ficção!
Sem dúvida, o Podcast Redigir Fundamental é o grande aliado das aulas de redação! Juntem-se a nós, na linha de frente da Educação com a Plataforma Adaptativa Redigir.
Confiram o episódio!
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Boa noite, amigo!
Hoje, 3 de outubro de 1943, perdi uma criança. Também recebi um menino amputado. Estou cuidando dele, o tétano não demora. Em compensação, consegui salvar as duas filhas do padeiro, que, apesar de não ser alemão, serve a casa de um deles.
Olá, pessoal! Que bom nos encontrarmos aqui mais uma vez! Seja muito bem-vindo ao podcast da Redigir Fundamental! Eu sou Gislaine Buosi, escritora e professora de Redação e Literatura. Hoje vamos conhecer um gênero textual que, tenho certeza, despertará em você uma vontade enorme de escrever, por exemplo, uma página de diário.
O fragmento que acabo de ler, acredito, já pôs vocês a pensarem: outubro de 1943?
Era isso o que eu ia falar, professora…
Opa! Meu aluno imaginário está bem atento… Sim, outubro de 1943.
Escrever uma página de diário em que consta que você acordou, que no caminho até o colégio você topou com um animalzinho perdido… Ah… Isso é muito fácil. A proposta de hoje é mais ousada: você deverá imaginar-se outra pessoa e, a partir de então, escrever uma página de seu diário.
E essa pessoa é quem, Gislaine?
Hummm… sabia que você ficaria curioso. Antes de revelar a pessoa que você deverá imaginar-se, deixa-me apontar algumas características importantes para a redação de uma página de diário. Vamos lá!
Você já sabe, trata-se de uma escrita bem pessoal, sem formalidades, sem estrutura pré-definida. Para esse gênero textual, importam a organização e a coerência daquilo que se relata, a noção de começo, meio e fim do episódio, ou seja, do dia.
O diário é um texto narrativo?
Sim, há de ser predominantemente narrativo, até porque, em tese, comporta a trajetória, o curso de um dia; mas é preciso dizer que os aspectos descritivos também devem ser explorados, a fim de que cenas, ambientes, pessoas, coisas sejam pormenorizadas.
Ainda que uma página de diário não seja escrita para a leitura de terceiros, obviamente pela intimidade ali registrada, é certo que quem escreve diários guarda-os como verdadeiros tesouros a serem relidos ao longo do tempo – o diário é um álbum de acontecimentos e, desse modo, é de todo importante registrarmos cores, sabores, cheiros… registrarmos a intensidade das coisas, entende?, para que nada seja esquecido.
O texto é escrito na 1ª pessoa do singular e os verbos são empregados, geralmente, no passado, porque escrevemos sobre algo que aconteceu no dia…
Certos escritores personificam o diário, quer dizer, atribuem a ele um nome, dialogam com ele, fazendo do diário uma espécie de confidente. É comum, também, o escritor começar o texto cumprimentando e terminá-lo despedindo-se do “amigo”.
Tá na hora! Vamos escrever uma página de diário?
De quem, mesmo, Gislaine?
De Irena Sendler, e… rapidamente..
Irena foi uma assistente social polonesa que ajudou judeus a se livrarem das mãos dos nazistas, durante a ocupação alemã, no contexto da Segunda Guerra Mundial. Alguns biógrafos de Irena Sendler nos dão conta de que ela tenha conseguido salvar, aproximadamente, 2.500 crianças do gueto de Varsóvia e, por esse motivo, Irena ficou conhecida como “O Anjo do Gueto de Varsóvia”.
Ual! Que mulher poderosa…
Corajosa, guerreira, eu diria. Irena foi torturada, teve ossos dos pés e das pernas fraturados…
A biografia de Irena é, ao mesmo tempo, linda, triste e contundente. Na proposta há um texto de apoio, bem pequeno, sobre ela. Então, sugiro que, antes de começar a redação, o aluno busque na internet outras informações sobre essa mulher.
O comando da proposta é este: Imagine que você seja Irena Sendler, que, após um dia exaustivo, tenha decidido registrar, em uma página de diário, como conseguiu driblar a polícia, e, então, esconder duas crianças que estavam num gueto, em Varsóvia.
Pois bem… Imaginando ser Irena Sendler, também escrevi uma página de diário. Aqui está:
Boa noite, amigo!
Hoje, 3 de outubro de 1943, perdi uma criança. Também recebi um menino amputado. Estou cuidando dele, o tétano não demora. Em compensação, consegui salvar as duas filhas do padeiro, que, apesar de não ser alemão, serve a casa de um deles. O padeiro trabalha dia e noite, sofre toda a sorte de maldade, mas ainda sobrevive, Deus sabe como. A mulher já não existe. São cinco crianças. Ou eram cinco. Não sei onde estão as demais. As meninas estavam escondidas nos escombros de um caminhão militar, que foi incinerado pelos próprios alemães. Hoje elas seguiram na carga de trigo. Anninka e Ewa.
Os dias têm sido intensos. Já me avisaram que estão me procurando – um deslize, e os nazistas me prendem. Mudo de esconderijo quase sempre, às vezes alguma família me acolhe, às vezes entro num banheiro público, e não saio até que os soldados terminem a ronda. Tenho ido ao gueto levar frutas (os feirantes dão-me as sobras).
Fiquei sabendo que outra assistente, a Kornelia, que de vez em quando me ajudava a despachar crianças, foi pega, torturada. Eu já desconfiava, porque ela havia sumido. Fiquei sem notícias dela, até que o pessoal do gueto conseguiu me mandar uma mensagem – as letras estavam corridas, o aviso era curto e cheio de medo.
As notícias da guerra chegam: há muitas baixas, por vezes o desânimo quer me tomar… contudo, preciso estar forte, há muitos que dependem de mim. Os nazistas são cruéis. Tomara que nunca descubram os documentos das crianças que tenho colocado dentro de garrafas de vidro, as quais enterro no quintal. Acredito que, no futuro, sejam úteis para a identificação das crianças… elas precisarão encontrar os pais.
Torça pela vida, meu amigo!
E então? Gostaram da minha página de diário? Também quero conhecer a de vocês, ok?
E que tal escrevê-la agora (clique aqui)? Vamos lá! Desenvolvam essa proposta de redação – escrever é bom demais! Postem a redação e, assim que ela chegar corrigida no aplicativo, frequentem o percurso de aprendizagem da Plataforma Redigir. Lá vocês encontrarão tópicos de gramática e listas de exercícios, sobre os pontos a serem aprimorados no texto. E, antes de nos despedirmos, convido vocês a assinarem o podcast da Plataforma Redigir. Ah… essa redação que vocês acabaram de ouvir também já está disponível no site.
É isso! Um abraço e até o próximo episódio!
Confira aqui o episódio anterior.
A Plataforma Redigir é ideal para auxiliar os alunos do Ensino Fundamental a aprimorarem suas habilidades de escrita. Além de fornecer correções de redação, a plataforma oferece recursos exclusivos e adaptativos, incluindo videoaulas personalizadas, tópicos de gramática, listas de exercícios e podcasts.
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