Professores e alunos do Ensino Fundamental podem contar com um novo aliado, na hora de propor e de escrever as redações: o Podcast Redigir Fundamental!
A cada semana, um novo episódio!
Há propostas de textos literários e utilitários dos mais diversos gêneros redacionais, como Editorial, Crônica, Artigo de Opinião, Fábula, com o passo a passo super eficiente! São propostas maravilhosas, que aguçam o interesse do aluno não só em conhecer e discutir temas atuais, como também em sentir-se – e quem sabe tornar-se?! – um grande ficcionista!
Apresentados por Gislaine Buosi, escritora e professora de Redação, os podcasts também trazem modelos de redação avalizados pela equipe pedagógica da Plataforma Redigir, que, sempre atenta, prepara os alunos do Ensino Fundamental para o enfretamento de temas e gêneros que serão cobrados tanto nos vestibulares, quanto na vida profissional.
É isso mesmo! O Podcast Redigir Fundamental chegou para dinamizar as aulas de redação. É a tecnologia, literalmente, do nosso lado! Esteja na vanguarda da Educação com a Plataforma Adaptativa Redigir.
Confira o episódio!
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Eu sempre tive uma vontade imensa de convidar o Dr. Giácomo para minha festa de aniversário. Queria muito ver o diretor do colégio, aquele velhinho tão doce, de chapeuzinho e língua-de-sogra, o indicador no glacê do bolo. Mas estávamos em junho, e meu aniversário seria só em dezembro. Senti um calafrio! E se o Dr. Giácomo… até dezembro…?
Olá, pessoal! Que bom nos encontrarmos aqui mais uma vez! Seja muito bem-vindo ao Podcast Redigir Fundamental! Eu sou Gislaine Buosi, escritora e professora de redação.
No episódio de hoje, vamos desenvolver uma crônica descritivo-narrativa e, claro!, antes de mais nada, não custa lembrar que crônica é um texto escolar breve. É muito comum professores dizerem assim: a crônica é um flash do dia. E é isso mesmo! Cenas, por vezes, comuns, por exemplo: o garoto que aprendeu a escrever com a mão canhota; a senhorinha que cismou que a estátua do Cristo Redentor acenou pra ela – cenas comuns, nas mãos de escritores criativos e sensíveis, rendem crônicas muito bonitas.
Como eu disse, o texto é breve – e, então, o número de personagens é reduzido. Na crônica descritivo-narrativa, o escritor apresenta (quer dizer, descreve) as personagens, o espaço e o tempo e, em seguida, relata (ou seja, narra) os acontecimentos.
Vamos conhecer a proposta de redação?
Elabore uma crônica descritivo-narrativa em que conste um episódio de sua infância. Conduza seu texto na 1ª pessoa do singular. Use os verbos no passado. Escreva, aproximadamente, 25 linhas. Atribua um título criativo ao texto.
Está difícil? Mesmo? Mas pode ficar fácil!
Antes de começar a escrever, respire fundo e mergulhe na proposta – lembre-se de quantos episódios engraçados ou chatos, surpreendentes ou aterrorizantes pelos quais você passou sozinho ou acompanhado de amigos, familiares. Acorde sua memória! Vai me dizer que nunca acabou a energia elétrica e você ficou sem tomar banho? Ou que nunca acabou o combustível do carro em que você e sua família passeavam? Ou que você nunca comeu doce antes do almoço, obviamente, escondido da sua mãe? Já caiu de bicicleta? Já tocou a campainha de alguma casa, e saiu correndo? Já foi a alguma festa sem ter sido convidado?
E então? Memória acordadíssima?
Para prender a atenção do leitor, pense em histórias originais; pense, principalmente, em situações e desfechos surpreendentes. Esteja certo de que ninguém pensará naquilo em que você esteja pensando – isso é ser original.
Não tenha preguiça de escrever e reescrever o texto – o segundo é sempre melhor do que o primeiro; o terceiro, muito, muito melhor do que o segundo…
Ao final, o leitor precisará encontrar respostas para: o que aconteceu?, com quem aconteceu?, como?, quando?, onde?, por quê? e finalmente…
Antes de entregar sua produção textual ao corretor, releia o que escreveu, faça a autocrítica e a autocorreção: confira se seu texto está fácil de ser entendido, se as frases e os parágrafos estão bem ligados, se as ideias estão numa sequência cronológica e não se embaralham, se não há repetições nem sobra de palavras, se a ortografia, a acentuação gráfica, a pontuação e os plurais estão corretos.
E… você quer conhecer minha crônica? Então aqui está ela!
Crônica para Dr. Giácomo
O céu da Itália é lindo!
Por Gislaine Buosi
Levante a mão quem não tenha, acomodados nas gavetas da memória, um colega de classe, uma professora, um diretor!
Dr. Giácomo era o diretor do colégio. Às vezes, alguém dizia que ele estava prestes a voltar para a Itália, motivo por que alguns de nós chorávamos às escondidas. Ele era o primeiro a chegar no colégio. No bolsinho do colete, havia o relógio; no bolso da calça, o molho de chaves. Andava arrastando os sapatos e ajeitando os suspensórios. Assim que chegava no portão, Dr. Giácomo punha os óculos na ponta do nariz e, consultando o relógio, dizia: “É hora!”, e então abria o portão. Entrávamos todos juntos, ele fazia questão de nos acompanhar até a sala de aula. Durante o recreio, era ele quem vinha com um saco de farelo para as pombinhas.
Ultimamente, notávamos que Dr. Giácomo já andava um pouco devagar, às vezes tropeçava, as mãos trêmulas – de frio? – já demoravam para encontrar a chave do portão.
Um dia notei que já não era Dr. Giácomo quem batia a sineta para o recreio. Percebi também que a vista falseava quando ele ia ver as horas, que passou a engasgar-se com a merenda, que não trocava mais figurinhas com os garotos…
Eu sempre tive uma vontade imensa de convidar o Dr. Giácomo para minha festa de aniversário. Queria muito ver o diretor do colégio, aquele velhinho tão doce, de chapeuzinho e língua-de-sogra, o indicador no glacê do bolo. Mas estávamos em junho, e meu aniversário seria só em dezembro. Senti um calafrio! E se o Dr. Giácomo… até dezembro…?
Foi então que lembrei: a data do aniversário do meu irmão estava bem próxima:
— Lucas, preciso de um favorzinho!
— Lá vem você, Olívia! Olha bem o que vai me pedir!… Já sei: quer minha bicicleta emprestada?
— Não… Queria saber se você poderia trocar de data de aniversário comigo… Queria tanto fazer aniversário na semana que vem… e você faria o seu aniversário em dezembro. O que acha?
— O quê? Você acha mesmo que é poss
— É de faz-de-conta, Lucas! Por favor…
Bolo, refrigerantes, língua-de-sogra… Na véspera, convidei a sala toda para a festa, mas um imprevisto aconteceu: a garotada amanheceu pintada de catapora. Poucos puderam vir cantar os parabéns – poucos, mesmo, entre os quais o Dr. Giácomo. Meu irmão Lucas ajudou-o a entrar, acomodou-o no sofá… Foi a minha maior festa de aniversário! À tardezinha, ele consultou o relógio de bolso e disse: “É hora!”.
Em dezembro, Dr. Giácomo já tinha voltado para a Itália – foi isso o que nos disseram, embora nenhum de nós tivesse acreditado. O céu da Itália é lindo!
E então?
Gostou de minha crônica? Também quero conhecer a sua, ok?
E que tal escrevê-lo agora? Vamos lá! Desenvolva essa proposta de redação (clique aqui) – escrever é bom demais! Uma vez escrita, poste sua redação e, assim que ela chegar corrigida no seu aplicativo, frequente o percurso de aprendizagem da Plataforma Redigir. Lá você encontrará tópicos de gramática e listas de exercícios, sobre os pontos a serem aprimorados em seu texto. E, antes de nos despedirmos, convido você a assinar o podcast da Plataforma Redigir no seu tocador de preferência. Essa redação que você acabou de ouvir está disponível no site.
Então é isso! Um abraço e até o nosso próximo episódio!
Confira aqui o episódio anterior.
Se o seu objetivo é ajudar os alunos do Ensino Fundamental a melhorarem suas habilidades redacionais, apresentamos a Plataforma Redigir! Além da correção de redação, a plataforma oferece recursos exclusivos adaptativos, como videoaulas personalizadas, tópicos de gramática, listas de exercícios e podcasts.
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