Podcast Redigir Fundamental – Crônica – Presente

Professores e alunos do Ensino Fundamental podem contar com um novo aliado, na hora de propor e de escrever as redações: o Podcast Redigir Fundamental!

A cada semana, um novo episódio!

Há propostas de textos literários e utilitários dos mais diversos gêneros redacionais, como Editorial, Crônica, Artigo de Opinião, Fábula, com o passo a passo super eficiente! São propostas maravilhosas, que aguçam o interesse do aluno não só em conhecer e discutir temas atuais, como também em sentir-se – e quem sabe tornar-se?! – um grande ficcionista!

Apresentados por Gislaine Buosi, escritora e professora de Redação, os podcasts também trazem modelos de redação avalizados pela equipe pedagógica da Plataforma Redigir, que, sempre atenta, prepara os alunos do Ensino Fundamental para o enfretamento de temas e gêneros que serão cobrados tanto nos vestibulares, quanto na vida profissional.

É isso mesmo! O Podcast Redigir Fundamental chegou para dinamizar as aulas de redação. É a tecnologia, literalmente, do nosso lado! Esteja na vanguarda da Educação com a Plataforma Adaptativa Redigir.

Crônica – Presente

Confira o episódio!

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Transcrição do episódio

Minha mãe me deu um rio. Era dia do meu aniversário e ela não sabia o que me presentear. Se o mascate tivesse passado, minha mãe compraria rapadura ou bolachinhas. Mas como ele não passou, minha mãe me deu um rio. Era o rio que passava atrás da nossa casa.

(Esse poema é de Manoel de Barros.)

Olá, pessoal! Que bom nos encontrarmos aqui mais uma vez! Seja muito bem-vindo ao podcast da Plataforma Redigir! Eu sou Gislaine Buosi, escritora e professora de redação, e hoje convido você a pensar em… presentes inusitados, quer dizer, fora do comum – como o rio, que um dia o menino Manoel de Barros ganhou.  

Presentes inusitados… será que alguém já ganhou um pé de abacate? Ou a réplica da Mona Lisa? Ou, quem sabe?, uma coleção de dinossauros… de plástico, é claro!

No episódio de hoje, vamos desenvolver uma crônica descritivo-narrativa mas, claro!, antes de mais nada, não custa lembrar que crônica é um texto escolar breve. É muito comum professores dizerem assim: a crônica é um flash do dia. E é isso mesmo! Cenas comuns, como a criança que passou o dedo no glacê do bolo, a vovó que calçou os chinelos trocados, o garoto que aprendeu a escrever com a mão canhota, cenas comuns, nas mãos de escritores criativos e sensíveis, rendem crônicas muito bonitas. 

Como eu disse, o texto é breve – e, então, o número de personagens é reduzido. Na crônica descritivo-narrativa, o escritor apresenta (quer dizer, descreve) as personagens, o espaço e o tempo e, em seguida, relata (ou seja, narra) os acontecimentos. 

Então vamos conhecer a proposta de redação?

Imagine que hoje seja seu aniversário. Seus pais resolvem dar a você um presente muito diferente daqueles que você costuma ganhar. O quê?  

Registre como tudo aconteceu, numa crônica descritivo-narrativa. E… não economize criatividade! 

Deixo aqui também umas dicas:

Para prender a atenção do leitor, pense em histórias originais; pense, principalmente, em situações e em desfechos surpreendentes. Esteja certo de que ninguém pensará naquilo em que você esteja pensando – isso é ser original.

Não tenha preguiça de escrever e reescrever o texto – o segundo é sempre melhor do que o primeiro; o terceiro, muito, muito melhor do que o segundo… 

Até o final da crônica, o leitor precisará encontrar respostas para: o que aconteceu?, com quem aconteceu?, como?, quando?, onde?, por quê? e… finalmente… 

Antes de entregar sua produção textual ao corretor, releia o que escreveu, faça a autocrítica e a autocorreção: confira se seu texto está fácil de ser entendido, se as frases e os parágrafos estão bem ligados, se as ideias fluem numa sequência cronológica e não se embaralham, se não há repetições nem sobra de palavras, se a ortografia, a acentuação gráfica, a pontuação e os plurais estão corretos.  

E… você quer conhecer minha crônica? Então aqui está ela!

O despresente de aniversário

Por Gislaine Buosi

Quando vovó Marieta chegou, percebi que ela trazia muitas sacolas, sacolas grandes e pequenas, e beijos e abraços, saudades daqui e dali. O aniversário era meu, mas Rodolfo e Olívia também ganharam presentes.

Meu irmão Rodolfo ganhou uma raquete de tênis e um saco de confetes para brincar o carnaval. Minha irmã Olívia, uma boneca de pano e uma mochila. Eu mal podia esperar pelo meu presente. 

Um suspense tomou conta da sala toda, quando vovó Marieta, bem cuidadosa, deu-me uma caixa, toda perfurada, e então a surpresa: um pintinho e um pacote de ração. 

— É pintinho ou pintinha, vovó?

— Ora… que pergunta é essa, Camila?

Imediatamente, abri a caixa e topei com aquela coisa amarela e miúda que fechava os olhinhos com preguiça e delicadeza. Vovó Marieta não soube me responder, e então passei a chamá-lo, simplesmente, “pintinho”. Depois de algumas semanas, eu mesma descobri a crista do pintinho, que já era um pré-galo, e então o batizei: Gilberto. 

— Galo tem sobrenome, vovó?

O Gilberto era altivo, ciscava todo discreto, enquanto a mamãe passava o aspirador de pó e o papai lidava na serralheria, nos fundos de casa. 

A cama do Gilberto ficava num ramo da mangueira – um amontoado de palha, gravetos e retalhos de pano. Ele dormia não sei a que horas, porque não dava pra eu ver direito quando ele fechava os olhos. Mas eu fazia de tudo pra ele ficar acordado, com os olhos bem abertos, principalmente depois que Gilberto trocou as penas, e tornou-se um galo de verdade – até porque naqueles dias… não é que a tia Lúcia, cozinheira de mão cheia, bateu os olhos no Gilberto e…

Às vezes fico pensando… O aniversário era meu e, por fim, ganhei um despresente.

Há também a história de quando a Rosa, minha gata angorá, se desentendeu com o Gilberto – isso enquanto ele ainda era um pré-galo – foi preciso até chamar os bombeiros… mas essa história conto num próximo podcast…

E então, gostou da minha crônica? Também quero conhecer a sua, ok?

E que tal escrevê-la agora? Vamos lá! Desenvolva essa proposta de redação (clique aqui) – escrever é bom demais! Poste sua redação e, assim que ela chegar corrigida no seu aplicativo, frequente o percurso de aprendizagem da Plataforma Redigir. Lá você encontrará tópicos de gramática e listas de exercícios, sobre os pontos a serem aprimorados em seu texto. E, antes de nos despedirmos, convido você a assinar o podcast da Plataforma Redigir no seu tocador de preferência. Essa redação que você acabou de ouvir está disponível no site. Então é isso! Um abraço e até o próximo podcast!

Confira aqui o episódio anterior.

Rumo a redações excelentes no Ensino Fundamental!

Se o seu objetivo é ajudar os alunos do Ensino Fundamental a melhorarem suas habilidades redacionais, apresentamos a Plataforma Redigir! Além da correção de redação, a plataforma oferece recursos exclusivos adaptativos, como videoaulas personalizadas, tópicos de gramática, listas de exercícios e podcasts.