Estudantes e educadores do Ensino Fundamental, preparem-se para um novo recurso para a elaboração de redações – o Podcast Redigir Fundamental! Com um episódio a cada semana, temos a certeza de que vamos, juntos, transformar a maneira de escrever! É muita técnica e muita criatividade circulando por aqui! Fiquem ligados!
Há propostas de textos literários e utilitários dos mais diversos gêneros redacionais, como Editorial, Crônica, Artigo de Opinião, Fábula, com um passo a passo super eficiente! São propostas maravilhosas, que aguçam o interesse do aluno não só em conhecer e discutir temas atuais, como também em sentir-se – e quem sabe se tornar?! – um grande ficcionista!
Apresentados por Gislaine Buosi, escritora e professora de Redação e Literatura, os podcasts também trazem modelos de redação avalizados pela equipe pedagógica da Plataforma Redigir, que, sempre atenta, prepara os alunos do Ensino Fundamental para o enfretamento de temas e gêneros que serão cobrados tanto nos vestibulares, quanto na vida profissional.
É isso mesmo! O Podcast Redigir Fundamental chegou para dinamizar as aulas de redação. É a tecnologia, literalmente, do nosso lado! Estejam na vanguarda da Educação com a Plataforma Adaptativa Redigir.
Confiram o episódio!
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Na época da Inconfidência Mineira, enquanto a coroa portuguesa garimpava nossos diamantes, Cláudio Manuel da Costa, poeta – e inconfidente, às escondidas – amanheceu morto, na cadeia. Um resfriado? Um infarto? Não. O poeta, que também era secretário do governo de Minas Gerais, foi morto porque sabia e escrevia demais.
Olá, pessoal! Que bom nos encontrarmos aqui mais uma vez! Seja muito bem-vindo ao Podcast Redigir Fundamental! Eu sou Gislaine Buosi, escritora e professora de Redação e Literatura. No episódio de hoje, vamos fazer algumas considerações sobre “O papel da Literatura na sociedade contemporânea”, e, claro!, vamos provar a vocês que Literatura vai muito além de memorizar nomes de autores e títulos de livros. Conforme anotou o poeta Manuel Bandeira, “A poesia está em tudo — tanto nos amores quanto nos chinelos, tanto nas coisas lógicas quanto nas disparatadas”.
Feitas as considerações – e já estou com a mão na massa! – vamos desenvolver um ARTIGO DE OPINIÃO. E se tudo isso interessa a vocês, fiquem comigo!
Deixa-me dizer algo muito importante: ao longo do Ensino Fundamental, a Literatura surge de modo mais leve, mais diluído, se considerada a abordagem da Literatura feita no Ensino Médio, quando os alunos já estão às portas dos vestibulares. A Literatura chega a vocês, do Ensino Fundamental, por meio de textos bem selecionados, em especial, para atividades de interpretação textual. Ok. É bastante agradável conhecermos, por exemplo, os contos de Machado de Assis. Quando o conteúdo programático permite, vocês conhecem e até reescrevem a biografia do autor, que é fascinante – a biografia de Machado de Assis, ela própria, é um enredo muito bem elaborado.
E então a Gislaine, professora de Literatura, faz hoje uma ressalva: não permitam que a Literatura se torne algo desimportante; não façam da Literatura uma enfiada de coisas que precisam ser memorizadas para que vocês sejam aprovados no final do ano – decorar nomes, títulos e datas, nem de longe, significa conhecer Literatura, que precisa ser degustada – feito um croissant de quatro queijos. Não… Sério. A Literatura precisa ser apreciada. Por favor, não banalizem a Literatura.
Professora…
Hummmm… Meu aluno imaginário chegou! Pois não!
Você gosta mesmo de Literatura, hein, professora?! Eu gosto mais de História – pelo menos nas aulas de História a gente fica por dentro de coisas que acontecem no Brasil e no mundo…
Tá. E se eu provar a vocês que a Literatura também dialoga – bem de perto – com questões sociais, políticas, econômicas?
Ah… Mesmo?
Mesmo! Vou ler a vocês o poema “O bicho”, do poeta Manuel Bandeira. É rapidinho:
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
Percebam quanta denúncia há nesses versos – o eu lírico, que é o eu que fala no poema, capta uma situação “um bicho catando comida entre os detritos” – no final do poema, ele esclarece ao leitor o equívoco que ele (eu lírico) cometeu: confundiu um homem com um bicho. Parecia natural o bicho comer lixo, e não o homem – por isso o pasmo: Meu Deus!, o bicho era um homem. Bandeira, de uma só vez, trouxe, nas entrelinhas, a desigualdade social, a fome, as pessoas em situação de rua, o desemprego, a ineficiência das políticas públicas aos marginalizados sociais… Tudo isso é, também, matéria-prima da Literatura.
Então, repito: por favor, não banalizem a Literatura. Combinados?
A proposta de hoje é a redação de um ARTIGO DE OPINIÃO – e o nome já diz tudo: o texto em que o autor apresenta seu posicionamento crítico em relação a um determinado assunto chama-se ARTIGO DE OPINIÃO.
Temos aqui uma sugestão para a estrutura desse texto:
. na introdução, são apresentados o tema e a tese – tese é a opinião, a ser defendida ao longo do texto;
. no desenvolvimento, ou seja, nos dois parágrafos intermediários, são feitas as argumentações – levantem, por exemplo, causas e consequências, em defesa da tese e
. na conclusão, a tese é reafirmada e o leitor é provocado, o leitor é encaminhado às próprias reflexões sobre o tema.
Cabem aqui, ainda, algumas ressalvas:
. o Artigo de Opinião é escrito, preferencialmente, na primeira pessoa do discurso, leva título e assinatura;
. não devem ser usadas expressões como: “eu acho que”, “na minha opinião”, “no meu modo de pensar” – tais expressões são consideradas intromissões grosseiras da primeira pessoa, até porque, quando se escreve um artigo de opinião, já está claro que o autor registra o que acha, o que pensa sobre o tema.
Vamos à proposta de redação?
Escreva um ARTIGO DE OPINIÃO sobre o tema: “O papel da Literatura na sociedade contemporânea”.
Mãos à obra!
Ah… Querem conhecer meu artigo de opinião? Então aqui está ele…
O Brasil dentro e fora dos livros
Por Gislaine Buosi
O Brasil é gigante pela própria natureza. A Certidão de Nascimento do Brasil é a Carta de Pero Vaz de Caminha, português, um dos cronistas do Descobrimento – ponto para a Literatura do século 16. De lá para cá, os próprios escritores brasileiros têm registrado as mais belas e as mais horrendas cenas desse país de extensões continentais.
Na época da Inconfidência Mineira, enquanto a coroa portuguesa garimpava nossos diamantes, Cláudio Manuel da Costa, poeta – e inconfidente, às escondidas – amanheceu morto, na cadeia. Um resfriado? Um infarto? Não. O poeta, que também era secretário do governo de Minas Gerais, foi morto porque sabia e escrevia demais. Adiante, Castro Alves, em praça pública, declamou versos em favor da Abolição dos Escravos – e a Abolição foi assinada. Depois, Aluísio Azevedo visitou os cortiços do Rio de Janeiro, e ouviu as intrigas das lavadeiras – disputavam as tinas, as freguesas, os maridos. Monteiro Lobato nos apresentou a Negrinha, a meninazinha que nunca havia brincado de boneca, que era chamada “peste bubônica”. Muitos outros brasileiros escreveram obras tão significativas, que avançaram as divisas do país – são frutos para nossa exportação literária.
A verdade é que a Literatura é o retrato de um povo, em determinado tempo e lugar; Literatura é história fresca e é história passadista, em ambos os casos, contada de modo lúdico e sensível. E não se enganem os aspirantes a escritores – há um mundo pulsante à espera de ser escrito. A Literatura deve se multiplicar na mesma velocidade com que se multiplicam o jogo de poder, a injustiça, a corrupção, o analfabetismo, a desigualdade social, a fome. E, ao lado de tanta denúncia, o escritor precisará de um refresco – e então, deverá desligar o celular, apontar o lápis, tirar uma folha do caderno e escrever cartas e versos – os mais doces, para a namorada.
É papel da literatura reescrever a sociedade contemporânea.
E então? Gostou do meu artigo de opinião? Também quero conhecer o seu, tá?
E que tal escrevê-lo agora (clique aqui)? Vamos lá! Escrever é bom demais!
Não tenha preguiça de escrever e reescrever o texto – o segundo é sempre melhor do que o primeiro; o terceiro, muito, muito melhor do que o segundo…
Então escrevam, postem a redação e, assim que ela chegar corrigida no aplicativo, frequentem o percurso de aprendizagem da Plataforma Redigir. Lá, vocês encontrarão tópicos e podcasts de gramática e listas de exercícios que contemplam cada uma das dificuldades de vocês.
E, antes de nos despedirmos, só uma perguntinha: vocês já assinaram o nosso podcast? Não deixem de assiná-lo, tá?
Então é isso! Um abraço e até o próximo episódio!
Confira aqui o episódio anterior.
A Plataforma Redigir é ideal para auxiliar os alunos do Ensino Fundamental a aprimorarem suas habilidades de escrita. Além de fornecer correções de redação, a plataforma oferece recursos exclusivos e adaptativos, incluindo videoaulas personalizadas, tópicos de gramática, listas de exercícios e podcasts.
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