O consumo de cigarros eletrônicos tem se tornado um tema cada vez mais relevante na contemporaneidade. Esse assunto tem sido discutido tanto nas esferas governamentais quanto entre os cidadãos comuns. No entanto, é preciso conscientizar a população sobre a falaciosa noção de que o uso do vape, outro nome para o cigarro eletrônico, seja inofensivo à saúde. É importante que legisladores, educadores e pais estejam envolvidos nesse debate para que sejam promovidas interações eficientes e para que as pessoas nem comecem ou deixem de fumar.
O cigarro eletrônico tem se tornado um modismo, principalmente entre os jovens. Pesquisas realizadas por organismos nacionais e internacionais apontam que a faixa etária mais afetada pelo uso de cigarros eletrônicos é entre 15 e 24 anos, predominantemente do sexo masculino. Essa tendência é motivo de preocupação, uma vez que muitos jovens acreditam que os vapes sejam menos danosos do que os cigarros tradicionais. É verdade que alguns estudos apontam um menor potencial ofensivo dos eletrônicos, porém isso não significa que sejam inofensivos. Os riscos de morte precoce e problemas de saúde, especialmente em fumantes que utilizam o cigarro eletrônico por longos períodos e levam uma vida sedentária, ainda são altos.
É necessário considerar um repertório sociocultural próprio, pertinente ao tema e vinculado ao texto, para enriquecer a discussão. A legislação é um bom exemplo desse repertório. Desde 2009, a Anvisa proíbe a fabricação, importação, comercialização, distribuição, armazenamento, transporte e propaganda de todos os dispositivos eletrônicos para fumar. No entanto, é importante ressaltar que a regulamentação não proíbe o uso individual. Além disso, países como Reino Unido e Estados Unidos já legalizaram a venda de cigarros eletrônicos para o público adulto.
Embora a legislação seja um bom repertório, é recomendável ter outras referências, como enredos ou personagens da literatura, fatos históricos ou sociológicos e eventos contemporâneos de repercussão nacional. Ao abordar a origem do cigarro eletrônico, é interessante mencionar que os primeiros relatos sobre o dispositivo remontam a 1960, quando o inventor americano Herbert Gilbert patenteou um dispositivo que aquecia um líquido para produzir vapor. No entanto, a invenção não foi comercializada na época. Já no início dos anos 2000, o cigarro eletrônico começou a ganhar popularidade, quando um farmacêutico chinês chamado Hon Lik buscou uma alternativa ao cigarro convencional após a morte de seu pai por câncer de pulmão.
Com base nessas informações, é possível formular uma tese que acene para propostas de intervenção social. Nesse caso, a tese poderia ser algo como: “É preciso vencer o mito de que o cigarro eletrônico seja uma alternativa segura àqueles que pretendem começar a fumar. Ministérios, escolas e famílias devem pavimentar um caminho seguro à vida“.
É importante apresentar argumentos sólidos para embasar a tese. Um dos argumentos é que o cigarro eletrônico não é inofensivo à saúde, uma vez que o vapor inalado pode conter substâncias como chumbo, tabaco e nicotina. Embora alguns estudos apontem uma redução no potencial ofensivo dos eletrônicos, é consenso que eles ainda causam doenças no sistema respiratório, que podem levar à morte precoce. Além disso, é importante destacar que a nicotina é a droga mais viciante já catalogada pela literatura médica, o que desmonta o mito de que os vapes não são prejudiciais à saúde.
Outro ponto a ser abordado é o público-alvo dos fabricantes de cigarros eletrônicos, que são os jovens. Eles são atraídos por aditivos adocicados e influenciados por campanhas publicitárias agressivas. É importante ressaltar que investir em uma imagem de fumantes com rosto e cabelos bonitos, dentição clara e bem feita é uma iniciativa irreal e criminosa.
Para embasar ainda mais a argumentação, é possível utilizar dados como o fato de que quase 1 milhão de brasileiros fumavam regularmente cigarros eletrônicos em 2022. Além disso, uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Pelotas no início de 2023 mostrou uma forte tendência de uso de dispositivos eletrônicos entre jovens.
Diante desses argumentos, é possível propor algumas ações para combater o uso de cigarros eletrônicos. Uma abordagem multifacetada é essencial, incluindo educação sobre os riscos, políticas públicas restritivas e programas de apoio a ex-fumantes ou àqueles que desejam parar de fumar. A educação de crianças e jovens é o primeiro passo para prevenir o início do uso de qualquer cigarro ou droga, pois a conscientização é fundamental. Além disso, é importante que governos, escolas e famílias trabalhem juntos na implementação de políticas que combatam o uso de cigarros eletrônicos, incluindo campanhas educativas e fiscalização de estabelecimentos que vendem os vapes. O apoio psicológico aos dependentes, principalmente os jovens, também deve ser priorizado, envolvendo os Ministérios da Saúde e da Educação, além da contribuição da família nesse contexto.
Em resumo, o consumo de cigarros eletrônicos é um tema que demanda atenção e discussão. É fundamental desmistificar a ideia de que esses dispositivos sejam inofensivos à saúde. A conscientização sobre os riscos e a implementação de políticas públicas restritivas são essenciais para combater o uso de cigarros eletrônicos, principalmente entre os jovens. A educação e o apoio psicológico são pilares fundamentais nesse processo. Com a redução do uso, será possível priorizar a saúde da população e reduzir os gastos com saúde pública. É necessário um esforço conjunto de governos, escolas e famílias para mitigar esse problema e garantir um futuro mais saudável para todos.
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