Dissertação sobre A TELEMEDICINA NO BRASIL

A Telemedicina no Brasil já é legal!

A Lei 13.989/20 autoriza o uso da Telemedicina, em caráter emergencial, enquanto durar a crise médico-hospitalar em decorrência da pandemia da Covid-19. A finalidade da lei é evitar, o quanto possível, que pessoas se dirijam a consultórios, clínicas ou hospitais, sem que seja extremamente necessário.

A Telemedicina é uma especialidade médica que oferece serviços a distância, com eficiência e celeridade, graças às modernas tecnologias digitais. 

É tema potencial à redação da próxima edição do Enem? Sem dúvida! 

A Telemedicina é um assunto que impacta a sociedade, a saúde, com reflexos na política econômica. É um tema de viés democrático – afinal, segundo a Constituição Federal, “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.  

Conheça uma dissertação modelo Enem sobre o tema. 

INTRODUÇÃO

O que diria Hipócrates, pai da Medicina ocidental, a respeito da Telemedicina? Certamente, o maior médico da Antiguidade acenaria em favor dos avanços tecnológicos que têm beneficiado a manutenção e a qualidade da vida humana. Contudo, ainda que já aprovada por lei, a Telemedicina tem suscitado acaloradas discussões – enquanto parte da comunidade festeja essa revolução, haja vista a agilidade e o alcance da assistência médica, outra parte inutilmente a contesta, a pretexto da precarização da atividade. Entretanto, esse avanço tem seu lugar garantido no Brasil contemporâneo, uma vez que se propõe a incrementar a assistência médica em franca defasagem.

DESENVOLVIMENTO 1

Nesse sentido, instituições ligadas à Saúde, como o Sindicato dos Médicos de Alagoas, resistem à telemedicina, ao fundamento de que o contato físico com o paciente é condição basilar para a acolhida e a assistência médicas. Ora, é preciso lembrar as transformações por que passou o mundo, ao tempo da Revolução Industrial, cuja maquinaria repercutiu em vários setores da sociedade, como na Saúde, que contou com eletricidade para a realização de pesquisas laboratoriais. Duzentos anos depois, custa a acreditar que ainda exista quem se oponha à tecnologia como pilar necessário à Medicina, maiormente porque, quando o assunto é Saúde, o Brasil ainda tem limitações de toda ordem.

DESENVOLVIMENTO 2

Ademais, as vantagens podem ser comprovadas com a atuação da robótica em hospitais-referência, como o Sírio-Libanês, onde foi feita a segunda telecirurgia do mundo. Com efeito, espera-se que, em pouco tempo, pacientes que estão em regiões periféricas sejam atendidos remotamente, o que garantirá a manutenção e a qualidade da vida – é fato: a tecnologia importa à vida, e, por isso mesmo, é preciso dar o devido espaço a esses novos recursos.

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Portanto, a telemedicina é, de fato, a revolução desejada no atendimento à Saúde. A fim de que isso seja multiplicado no Brasil, à União cabe investir tanto em equipamentos tecnológicos quanto em capacitação profissional de médicos e de universitários – aos primeiros, por meio da formação continuada, com a oferta de cursos de extensão durante toda a graduação; aos segundos, por meio da inserção de disciplinas afins na grade curricular obrigatória do curso de Medicina, com vista a aprimorar o conhecimento daqueles que, em tese, são responsáveis pela saúde da população. Por arremate, cabe anotar que os robôs, programados por seres humanos, estão a serviço da saúde da humanidade.

Por Gislaine Buosi

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Prof.ª Gislaine Buosi