“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.” O pensamento do pedagogo Paulo Freire, patrono da Educação brasileira, sem dúvida, é mais citado do que efetivamente absorvido por grande parte dos atores sociais. Tal citação vale para contestar nossa realidade: dados recentes da organização Todos pela Educação nos dão conta de que de 2019 a 2021 houve um acréscimo de 171% nos casos de evasão escolar – e então é preciso pontuar: não há transformação que se sustente com tantas pessoas fora da escola. Muito embora o Brasil tenha sido um dos países que ficaram e estão há mais tempo sem aulas presenciais, não é possível deixar para trás um fato significativo: a paralização, em alguns estados antes outros depois, em março 2020. E o IBGE apontou que, em 2020, exatamente no ano em que se deu a paralização, aproximadamente 10 milhões de jovens não concluíram o EM – estão aí considerados casos não só de abandono escolar, como também de jovens que nem chegaram a frequentar a escola. Isso é muito grave. Constata-se, pois, que o abandono escolar é, lamentavelmente, uma questão atemporal.
Conheça uma dissertação, nos moldes do Enem, sobre o tema: “A questão da evasão escolar – como diminuir as estatísticas no Brasil?”
Um dos assuntos mais polêmicos na pasta da Educação é o fato de que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 10,1 milhões de jovens, entre 14 a 29 anos, que não concluíram o Ensino Médio. Sem dúvida, a evasão escolar, responsável em grande parte pelo adoecimento social, acontece por diversos motivos, entre os quais a necessidade de o adolescente trabalhar para ajudar a compor o orçamento doméstico e a gravidez precoce. Assim, diante desse viés sociocomportamental, fica claro que a parceria entre Estado e sociedade seja primordial para o enfrentamento da problemática, sob pena de retrocessos irreparáveis.
Nessa perspectiva, é preciso anotar que, não raro, estudantes veem-se obrigados a trabalhar no contraturno para manterem-se a si próprios e as famílias. Obviamente, a dupla jornada – escola e trabalho – acarreta a evasão, cujos efeitos são devastadores: ao ex-aluno, a frustração; aos cofres públicos, a despesa, ao que parece, sem proveito. Essa interrupção vai desaguar, muitas vezes, no analfabetismo funcional, que, por sua vez, leva não só a colocações profissionais mal remuneradas, como também à geração freelancer – ou seja, à categoria de profissionais autônomos, aos quais não são asseguradas as prerrogativas da legislação trabalhista.
Não fosse o suficiente, a gravidez precoce está entre as causas mais contumazes de evasão escolar entre mulheres de 15 a 29 anos, conforme pesquisa feita em parceria com o Ministério da Educação, a Organização dos Estados Ibero Americanos (OEI) e a Faculdade Latino-Americana de Ciências (Flacso) – a incidência maior está entre as famílias de baixa renda, aponta o estudo. Com efeito, a adolescência é marcada não só pela insegurança, mas também pelo desejo de se chegar à vida adulta – adolescentes agem por impulso e pretendem autoafirmarem-se adultos, comportamento que redundará, muitas vezes, na gravidez precoce e na consequente evasão escolar, situação que, o mais das vezes, contribui para a perpetuação da pobreza.
Desse modo, para conter a evasão escolar no Brasil, cabe ao MEC, em parceria com o Conselho Federal de Educadores, regulamentar e tornar efetiva a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), por meio da ampliação das áreas de humanidades, com vista a implementar a Educação Sexual à grade curricular, a fim de que o alunado se conscientize acerca das consequências de uma gravidez indesejada, que não só provoca a evasão, como também embarga do futuro dos jovens. Ao Governo Federal, por seu turno, por meio de dotações orçamentárias, cabe destinar e fiscalizar melhor os recursos destinados à Educação, com o fomento a programas de assistência familiar, a fim de que crianças e adolescentes em idade escolar possam ocupar-se exclusivamente com os estudos. Esses são os caminhos essenciais para conter a evasão escolar no Brasil do século 21.
Por Gislaine Buosi
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Prof.ª Gislaine Buosi
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