Que atire a primeira pedra quem nunca apontou o dedo ao vizinho!
O cancelamento não é um fenômeno social novo. Apontar, julgar e condenar alguém é atitude desde sempre comum, muito embora com roupagens diferentes. A diferença entre o cancelar de ontem e o de hoje está na possibilidade de, agora, isso ser feito por uma coletividade de pessoas, num tempo recorde, com severas implicações na imagem, na honradez e no patrimônio do cancelado. E é preciso cuidado: os internautas, ao mesmo tempo afoitos e impiedosos, não deixam encobertos nem mesmo pequenos deslizes.
Conheça uma dissertação, nos moldes do Enem, sobre o tema: “A questão da cultura do cancelamento nas redes sociais“.
Vamos lá?!
Para discorrer sobre a cultura do cancelamento, que nada mais é do que o boicote virtual de personalidades que forem pegas com postagens politicamente incorretas, é possível trazer à tona o caso da nova-iorquina Justine Sacco, diretora sênior de uma multinacional, em meio a uma viagem à África do Sul, em 2014, quando fez algumas postagens, das mais infelizes, no twitter, tais como: “espero não pegar aids por aqui”. Quando Justine posou, ela já tinha sido cancelada pela multidão de seguidores. Sem dúvida, se, por um lado, serve de alerta aos usuários da rede, por outro, a cultura do cancelamento revela-se um tribunal condenatório, sem chances de defesa ao condenado. Desse modo, o cancelamento transformou-se em linchamento virtual, revestido de caráter mais punitivo do que educativo.
Nesse sentido, é preciso destacar um ponto positivo à cultura do cancelamento: a internet é hoje um espaço democrático e, assim, as pessoas que trafegam por ali têm à disposição um público inestimável, que, ao mesmo tempo em que “curte” os comentários de que gosta, maldiz os comentários ofensivos. Isso equivale a dizer que, por conta da cultura do cancelamento, há uma atenção maior nas postagens que estão sendo feitas, exatamente porque os internautas não perdoam um deslize, não deitam pano em cima de grosserias. Sabendo disso, a tendência é a de que diminuam comentários preconceituosos – os chamados crimes virtuais.
Entretanto, é preciso admitir que a cultura do cancelamento tem se revelado verdadeiro linchamento virtual, uma vez que, na velocidade com que as informações se propagavam nas redes, não é permitido ao cancelado defender-se a tempo de sua reputação e até mesmo de seu patrimônio serem prejudicados. Ora, os canceladores não têm nada a perder – valem mais o calor e a velocidade do protesto. Ao que parece, a falibilidade humana, de que ninguém escapa, é posta de lado – há pseudo-juízes de prontidão e, ao menor deslize, uma personalidade, que, ao longo da vida, agremiou para si uma multidão de seguidores, é linchada. Destaca-se aqui o caráter impiedoso, afoito, irresponsável, punitivo – e não educativo – do cancelamento, que, muitas vezes, é desequilibrado – maior é o impacto do castigo do que o da postagem infeliz.
Portanto, para acabar com a cultura do cancelamento, a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), órgão do Ministério das Comunicações responsável pelo gerenciamento de contratos publicitários firmados pelo Governo Federal, deve promover propagandas e campanhas, por meio das midiáticas digitais e televisivas, de longo alcance, a fim de que os usuários da rede se conscientizem a respeito dos riscos a que estão expostos, quer seja os de quem posta comentários, segue, ou cancela personalidades. Isso feito, a internet se firmará como um canal a serviço da democracia.
Por Gislaine Buosi
E então?
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A gente vai se falando…
Prof.ª Gislaine Buosi
Produção e Curadoria de Conteúdo
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