A frase acima, atribuída a Pascal, já foi lida mais de mil vezes! Ela é um bom exemplos para falarmos sobre a precisão vocabular, uma das aliadas da concisão textual, assunto de grande importância para a redação dos vestibulares.
A concisão textual opõe-se à prolixidade, ou seja, àquela inadequação responsável por textos enfadonhos, labirínticos, cujo raciocínio não progride, não se resolve.
A propósito, no Guia do Participante Enem, consta que a primeira competência a ser avaliada na Redação é o “domínio da modalidade escrita formal da língua”. Assim, o texto dissertativo-argumentativo não deve conter marcas de oralidade nem registro informal. Consta, ainda, que um dos fatores que contribuem para a inteligibilidade da Redação é a precisão vocabular.
A precisão vocabular, conjugada a outros elementos, é responsável pela boa produção textual. Mas de que forma isso acontece? Há quem acredite que, para escrever bem, seja necessário utilizar-se de vocabulário pomposo, difícil, ou seja, anacrônico. Isso é um engano!
Há palavras que, apesar de estarem dicionarizadas, há muito tempo caíram em desuso. Com palavras simples, é possível construir períodos elegantes – isso porque a elegância está na correção e na precisão, ou seja, na aplicação correta da gramática e na escolha certa da palavra. Como “simples” não entendamos “coloquiais”. Os coloquialismos, quer dizer, as expressões típicas da oralidade, não devem ser registrados, sob pena de o texto tornar-se estilisticamente pobre.
“Em que pese o brilhantismo da peça preambular, esposada por causídico de costumeira correção, urge salientar que, prolixa e estéril, é carreada de má fé, merecendo, destarte, cair no oblívio.”
Certamente, você não entendeu o que o redator do trecho acima quis dizer, muito embora todas as palavras utilizadas ao longo do trecho estejam dicionarizadas. Isso porque ele cometeu o que chamamos “anacronismo”, também conhecido como “pedantismo”, que nada mais é do que pretender enfeitar o texto ou impressionar o leitor, utilizando-se de vocabulário pomposo, o que é uma falsa elegância.
A orientação, ainda que não isolada, é: não escreva aquilo que você não falaria.
Analise agora o trecho:
“Se liga aí, parceiro! Deu no jornal que inda vai chovê pro resto da semana.”
Como você percebeu, na frase acima há não só o registro informal, como também a gíria, variações típicas da oralidade. Não convém empregá-las nem na redação dos vestibulares, nem na redação do Enem.
Por último, é importante evitar palavras vazias de conteúdo: interessante; coisa; problema preocupante; situação difícil; é absurdo; é inacreditável; etc. Por exemplo:
“A adolescência é uma fase interessante, mas temos preocupantes problemas com várias coisas.”
Caberá ao leitor perguntar:
1. O que há de interessante na adolescência?
2. De que tipo de problema preocupante se fala?
3. De que “coisas”?
Percebe-se que, muito embora o número expressivo de palavras, elas contêm pouca ou nenhuma informação, pois são vazias de conteúdo. A escolha correta das palavras, a organização do pensamento e, consequentemente, a materialização do discurso de modo claro e preciso são requisitos imprescindíveis à boa produção textual.
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A gente vai se falando!
Prof.ª Gislaine Buosi
Produção e Curadoria de Conteúdo
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