A participação popular em diferentes esferas da sociedade é uma realidade no século XXI. Essa tendência inclusiva, conforme você pode imaginar, reverbera no setor da educação. Nesse sentido, a gestão participativa na escola promove interação entre os personagens que movimentam as comunidades acadêmicas.
Na prática, essa metodologia horizontaliza as relações entre gestores, corpo docente, pais e alunos. Em outras palavras, a gestão participativa na escola tem, entre outros objetivos, a missão de amplificar vozes e aplicar ideais que sejam exequíveis e pertinentes.
A pergunta que não quer calar é: como compreender, de fato, esses conceitos e elaborar projetos pedagógicos para desenvolver esse tipo de gerenciamento de forma plena? Acompanhe este artigo e, ao término da nossa conversa, você conseguirá respostas e insights.
A gestão participativa na escola tem raízes nos estudos da administração contemporânea, sobretudo na diversidade de formas de gestão. Em síntese, essa metodologia organizacional busca a inclusão dos indivíduos pertencentes ao ecossistema da instituição nos processos que a envolvem. Nesse sentido, o modelo em questão tem por objetivo atuações ativa e colaborativa por parte de professores, gestores, pais e alunos.
É importante ressaltar, no entanto, que essa gestão não busca mostrar tudo que é feito a todos os membros da comunidade escolar. Em outras palavras, a ideia é envolver os indivíduos nos processos de tomadas de decisão e de desenvolvimento de atividades. Logo, cada envolvido passa a se reconhecer como uma engrenagem importante para o funcionamento da escola. Por fim, todos se situam sobre seus papéis e, consequentemente, colaboram para o desenvolvimento da instituição.
Os retornos proporcionados por esse tipo de gestão são imensuráveis. Em primeiro lugar, essa metodologia humaniza as relações entre os envolvidos com a instituição. Afinal, são vários indivíduos trabalhando, em harmonia, na busca do desenvolvimento pleno. A seguir, você confere um esqueminha com as principais vantagens da inclusão dos membros da comunidade escolar dessa metodologia:
A gestão participativa cria elos que são importantes para o desenvolvimento da vida escolar do aluno, bem como promove e fideliza os diálogos entre os envolvidos. Por fim, é importante destacar que as responsabilidades são divididas de maneira proporcional, de forma que o peso dos erros e dos acertos recaia na medida certa sobre cada ombro.
E qual seria o objetivo em comum que une todos os envolvidos? Em suma, a resposta é bem simples: desenvolver a formação cidadã dos alunos.
Antes de tudo, é importante frisar que a gestão escolar participativa não é um conjunto de boas práticas que são implantadas repentinamente. Logo, não existem receitas ou fórmulas para fazer essas revoluções “da noite para o dia”. Para mudar o mindset e colocar todos os envolvidos na mesma página, o coordenador pedagógico pode conjugar na primeira pessoa as ações abaixo:
Assim como em todos os campos da vida, o diálogo é indispensável para o desenvolvimento saudável da gestão participativa na escola. O coordenador pedagógico deve estar pronto para gerenciar e intermediar o debate entre todos envolvidos no ecossistema da comunidade escolar. A conversa é o caminho para entender quais questões necessitam de gestão, bem como para estabelecer o papel de cada indivíduo no desenvolvimento dos processos.
Vários motivos, incluindo a falta de tempo e o receio de lidar com burocracias, acabam afastando pais e responsáveis do cotidiano escolar de seus filhos. Porém, o desenvolvimento pleno dos jovens precisa dessa supervisão. Logo, a coordenação pedagógica também precisa saber como estreitar e humanizar o relacionamento entre pais e escola.
É fundamental que a escola busque envolver a presença dos pais na vida acadêmica de seus filhos, bem como nas tomadas de decisões importantes para a instituição. Para ter sucesso nessa empreitada, a coordenação pedagógica precisa exercer comunicação assertiva e ser flexível. Afinal, a boa gestão escolar participativa demanda reuniões em horários alternativos, para incluir os pais que trabalham em tempo integral. Ademais, é preciso planejar e enviar materiais informativos, pois os boletins com notas e frequência não são suficientes para manter a família do aluno informada.
No campo das ideias, tudo costuma ser cinematograficamente desenhado. Para não cair nesse ciclo vicioso, a gestão participativa precisa ser, de fato, democrática. Para tal o gestor deve ser transparente, agir com racionalidade e não abrir mão da retidão. Quando planejar eventuais investimentos em equipamentos, contratações ou reformas, por exemplo, o coordenador deve:
-mostrar os dados reais sobre os gastos da escola;
-ser claro quanto ao capital disponível em caixa;
-revelar quanto precisa ser investido;
-informar a projeção de crescimento com o que será feito.
-Essa transparência toda é essencial, pois não há formas de emitir opinião sem conhecer o que precisa ser modificado.
Deixar nas mãos dos professores e diretores o poder de decisão limita bastante a eficiência da gestão participativa na escola. Logo, é necessário fazer com que os alunos tenham sua cota de autonomia nos processos.
Primeiramente, é preciso estimular a presença e a participação dos alunos nas reuniões. Além de ouvir o que eles têm a dizer, é interessante criar desafios para motivá-los a se engajarem mais com as tarefas. Uma boa forma de estímulo, por exemplo, é dar “sinal verde” para que produzam eventos na escola ou desenvolvam campanhas que sejam pertinentes para todos os envolvidos com a instituição.
Com essas doses de protagonismo dada aos alunos, a escola começa a construir um modelo de cidadania atuante. Logo, a comunidade terá uma juventude mais engajada, bem como mais propícia a formar adultos mais responsáveis.
Se você chegou até aqui, certamente percebeu que é essencial o gestor deixar de ser chefe e assumir a postura de um líder. O autoritarismo é coisa do passado. Porém, é preciso ter a cadência necessária para manter uma estrutura hierárquica democratizada.
Por fim, antes de elaborar um planejamento pedagógico em conjunto é preciso priorizar tarefas que sejam mensuráveis, objetivas e concretas. Afinal, boas ideias não exequíveis não passam de sugestões criativas.
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