O que é carta de leitor?
A carta de leitor (ou carta ao editor) é o gênero textual que permite o diálogo entre leitor e editores de jornais e revistas, que, geralmente, mantêm uma coluna/seção específica para publicar tais cartas. Por meio delas, o leitor manifesta sua opinião acerca de matéria veiculada, geralmente, em edições recentes do jornal ou da revista. A carta do leitor pode, ainda, elogiar a edição, sugerir a tomada de decisões ou registrar um protesto.
Como fazer?
Ainda que comumente não vemos a moldura da carta de leitor nos jornais e revistas – isso por motivo óbvio, qual seja, a economia de espaço – ela tem estrutura semelhante à das outras cartas: local, data, vocativo, apresentação do remetente, síntese do assunto (matéria da pág. XX, da edição de nº XX), discussão/impressões do leitor/remetente, despedida e assinatura. Não contém título e geralmente é conduzida na 1ª pessoa do singular. Quando o enunciado da proposta não trouxer um limite, a carta de leitor deve ser escrita em, aproximadamente, 30 linhas.
Exemplo
A carta de leitor a seguir foi publicada na Revista Veja de Abril/2008. Observemos que o editor cortou a moldura da carta e publicou apenas o miolo – que, de fato, dialogava com a matéria que a autora pretendia comentar. O título, obviamente, não é da carta, mas da matéria.
Insegurança nas escolas
A reportagem “Medo nas escolas” (9 de abril) aborda um tema frequente na vida da maior parte dos jovens brasileiros. O mundo tornou-se excessivamente perigoso e a violência se faz presente em todos os lugares. As escolas, que deveriam ser seguras e tranquilas, passaram de locais de aprendizagem para cenário de temor constante. A violência internalizou-se em cada pessoa e está fazendo com que inocentes sofram. Tornou-se comum ouvirmos que uma criança foi atingida por uma bala perdida perto do colégio em que estudava ou que houve um assassinato dentro da própria escola. Além disso, é trágico que a segurança tenha se transformado em critério de escolha; os pais deveriam escolher as instituições em que seus filhos estudam pela qualidade do ensino, e não pela segurança que elas oferecem. É, portanto, indispensável que o combate à violência seja feito de modo eficaz. A paz almejada por muitos brasileiros pode se concretizar apenas com a construção diária da segurança da população.
L. R. – 15 anos. Montes Claros, MG, Veja, 16/4/2008.
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