Antes de abordarmos as técnicas para a escrita do Artigo de Opinião…
Você está, mesmo, se preparando para a redação dos processos de avaliação seriada? Para a redação do vestibular da Fuvest? Da Unicamp? Ou você está se preparando para a redação do Enem, o maior processo seletivo do Brasil, a porta de entrada para as universidades públicas?
Ainda bem que nos encontramos…
A Redigir é a melhor plataforma adaptativa para aprendizagem, escrita e correção de redação. A equipe pedagógica da Redigir está atenta aos principais fatos nacionais e internacionais de grande repercussão, os quais, sem dúvida, sempre são lembrados pela banca dos principais vestibulares e, claro!, do Enem.
Em especial, o gênero ARTIGO DE OPINIÃO é frequentemente requisitado não só nos processos de avaliação seriada, como também pela Unicamp e pela UFU.
E, afinal, o que é ARTIGO DE OPINIÃO?
O ARTIGO DE OPINIÃO, como o próprio nome adianta, é um texto em que o articulista (quem escreve o artigo) expõe e defende seu posicionamento diante de algum tema polêmico e atual. Como todo gênero que se apropria do tipo dissertativo, o artigo de opinião deve ser persuasivo – o articulista, ainda que não precise convencer o leitor a adotar a opinião ali defendida, deve fundamentá-la adequadamente, a fim de que aquele posicionamento seja aceito.
São comuns o apelo emotivo, as acusações, o humor satírico, a ironia – tudo baseado em informações factuais autênticas. Aliás, os artigos de opinião são um serviço prestado por jornais de grande circulação e, assim, não são aceitos artigos que não estejam fundamentados em fatos verídicos, nem artigos que contenham acusações de caráter discriminatório, insultos, linguagem chula, incitações ao ódio ou à violência. Para os vestibulares, importante, ainda, o articulista atentar-se aos Direitos Humanos.
COMO EWCREVER?
O ARTIGO DE OPINIÃO deve ser breve – se no enunciado da proposta não constar um limite, devemos escrever, aproximadamente, 25 linhas. A linguagem é simples e objetiva, uma vez que se pretende atingir todo tipo de leitor.
O artigo de opinião contém título, é assinado e, preferencialmente, escrito na 1.ª pessoa do singular ou do plural. Contudo, é preciso evitarmos as intromissões grosseiras da 1.ª pessoa: eu acho que, na minha opinião, eu detesto etc.
Para a boa redação de um artigo de opinião, precisamos explorar três funções da linguagem, quais sejam: referencial, emotiva e conativa. Isso porque:
TRIPARTIÇÃO
O artigo de opinião pode ser subdividido em três partes – ainda que não, necessariamente, em três parágrafos:
Exemplo
NO MEIO DO CAMINHO TINHA UM POETA
A propósito do humor, em pleno caos
Por Gislaine Buosi
Ezra Pound, um dos maiores poetas do Modernismo norte-americano, afirmou: o artista é a antena da raça humana. Com efeito, Drummond, poeta mineiro de Itabira, torturado pelo ontem e temeroso pelo amanhã, foi uma antena, não só da raça, mas também da época – ele versejou na entressafra das Grandes Guerras: os horrores da Primeira ainda acenavam, quando houve a Quebra da Bolsa de Valores de Nova York e, em seguida, os barris de pólvora da Segunda. Naquele instante, enquanto os brasileiros da “pátria amada, salve, salve” pisavam um terreno fértil para a fome, o medo, a revolta e o suicídio, Drummond rabiscava uns papéis, metrificava uns versos, provocava umas rimas. Num misto de ironia, rosa, desencanto e náusea, o poeta foi um justiceiro: lutou com palavras.
Todavia, se a Justiça, por vezes travestida de Lei, vai até a esquina e muda de roupa, os justiceiros também, ainda que a Causa Pública permaneça. O Brasil e o mundo colecionam, hoje, não mais poesia, e sim cartuns e tiras tocados ao humor corrosivo – o caos político nunca foi motivo de tanto escárnio.
Fica claro que o mesmo contexto social que abastece o humor, deveria também abastecer a Literatura, em especial a poesia – outra maneira de focalizar a fragilidade das instituições governamentais. Entretanto, ao que nos parece, a risada alivia, aquieta, dissimula e, assim, o riso fácil não parece dar espaço à reflexão necessária.
Por tudo isso, muito embora a liberdade de expressão – indispensável ao progresso sócio-intelectual – deva caber nas páginas de jornais e revistas, convém não confundirmos liberdade de expressão com libertinagem nem, ainda, com liberdade de opressão. A lei que assegura o livre curso do pensamento não autoriza ninguém a achincalhar o moral alheio, não endossa a execração de quaisquer instituições. É certo que a humanidade aplaude espetáculos cômicos, mas o paladar refinado pelo bom senso repudia posturas extremas e preconceituosas. É pressuposto da inteligência o humor instigante, porém não vulgar nem ofensivo. É, também, medida racional a produção de textos, ao mesmo tempo, sensíveis e críticos, verdadeiros tesouros àqueles que vierem após nós – afinal, eles precisarão encontrar registros da História – mais caótica do que engraçada – que hoje devemos fazer não só para as enciclopédias, mas também para a poesia.
A gente vai se falando!
Prof.ª Gislaine Buosi
Produção e Curadoria de Conteúdo
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