Bússola pedagógica para os professores, a avaliação diagnóstica é essencial para uma gestão escolar de sucesso. Em suma, trata-se de uma ferramenta que mostra o DNA do aprendizado do aluno, ou seja, esse recurso indica os pontos notáveis e os que carecem de melhorias.
Mas como, quando e por que lançar mão dessas metodologias? Neste artigo, você descobre todas as informações que precisa saber sobre a avaliação diagnóstica.
Avaliação diagnóstica é uma ferramenta de gestão escolar utilizada para mensurar o nível de domínio dos estudantes sobre determinados conhecimentos, habilidades e competências. Com esse nivelamento em mãos, torna-se possível mapear os pontos fortes e as dificuldades da turma e de cada aluno. Logo, viabiliza-se um diagnóstico que conduz o planejamento docente e as escolhas por intervenções pedagógicas adequadas para alavancar a recuperação das debilidades identificadas.
Recomenda-se que a avaliação diagnóstica seja aplicada em todo início de ciclo ou processo de aprendizagem. Dessa forma, torna-se viável analisar o conhecimento prévio dos alunos em relação aos pontos a serem trabalhados. Em outras palavras, é o momento de roteirizar as abordagens adotadas pelo professor, que consegue enfatizar os pontos que os alunos apresentam mais dificuldades de domínio.
A principal característica da avaliação diagnóstica é o seu aspecto preventivo. Em suma, esse fundamento é uma das formas clássicas de testar os níveis de aprendizagem. Quando aplicada no começo do processo educativo, a avaliação diagnóstica mostra ao professor as reais dificuldades e necessidades dos alunos. A partir daí, é possível traçar o plano de ação necessário para trabalhar os pontos que mais atrasam o desenvolvimento da aprendizagem.
A gestão escolar pode lançar mão de várias formas para implementar a avaliação diagnóstica. Bastante versátil, essa ferramenta pedagógica assume as mais diversificadas estratégias para conseguir as informações necessárias para a elaboração de um diagnóstico completo do aprendizado do aluno.
O prelúdio dessas avaliações é o diálogo assertivo e a reflexão das instituições junto aos demais atores da comunidade escolar – pais, alunos, responsáveis e professores. A ideia é esclarecer que o diagnóstico não está associado às metodologias tradicionais probatórias, ou seja, não é uma modalidade de prova ou nota. Dito isso, três dos principais componentes de uma avaliação diagnóstica podem ser:
A avaliação diagnóstica tem como pauta principal o aprendizado do aluno. Dessa forma, ouvir a voz dele é indispensável para o desenvolvimento do processo. Afinal, a entrevista é o momento ideal para questionar quais têm sido suas dificuldades, além de começar a mapear os possíveis pontos de melhoria.
A escrita e a capacidade de argumentação em um texto são imprescindíveis para o desenvolvimento do aluno. A falta de domínio dessas habilidades inviabiliza o processo de aprendizado. Dessa forma, a evolução nas redações é essencial para a elaboração do diagnóstico do aprendizado de um aluno.
Essas duas atividades aprimoram o repertório sociocultural dos alunos. Afinal, o indivíduo com repertório mais amplo reúne melhores condições de conectar assuntos das mais variadas naturezas. Numa realidade em que ainda é preciso combater o analfabetismo funcional, as práticas de leitura e produção de texto são essenciais para conhecer o nível de aprendizado.
Durante o podcast Aula Magna, da Plataforma Redigir, o papel da avaliação diagnóstica para a retomada foi amplamente refletido. Entre outros temas, Rodrigo Simões, Dir. Executivo da Redigir, e Priscila Boy, escritora, palestrante e Diretora da Priscila Boy Consultoria, comentaram sobre os critérios para conduzir uma avaliação diagnóstica.
Segundo Priscila Boy, “existem autores que hoje veem tudo como diagnóstico”, incluindo-se aí os debates e simulados. Para ela, esses instrumentos “não deixam de ser [formas de avaliação diagnóstica], mas a natureza, o objeto do instrumento paliativo é diferente”, disse. Ao fazer o diagnóstico, “é preciso eleger aquilo que é estruturante e fundante”, continuou. Só assim é possível “ter a certeza de que quando eu vier com coisas novas esse aluno tem essa base”, completou.
Por fim, a palestrante advertiu sobre a necessidade de fazer intervenção tão logo seja conhecido o diagnóstico da avaliação. “Vejo coordenadores que dizem assim: ‘os alunos fizeram uma avaliação e foi terrível! Já conversei com o professor e nós faremos outra avaliação daqui a duas semanas’”. Para Priscila, “só a avaliação não vai trazer nenhum resultado”. Segundo ela, nas semanas entre o resultado e a aplicação do novo diagnóstico, é preciso mapear as dificuldades e traçar as estratégias pedagógicas para superá-las.
Durante o podcast, Simões e Priscila Boy comentaram sobre o cuidado necessário para conduzir avaliações neste momento de transição, pós pandemia. Ambos concordam que é preciso analisar o impacto que a pandemia promoveu na vida de um estudante. O aluno “ficou recluso, ficou fora do convívio dos pares, onde aprendia muito”.
A palestrante também argumentou sobre os assuntos satélites que precisam ser considerados nessa fase de transição. Afinal, o sistema de aula remoto dificulta o real entendimento sobre o engajamento do aluno com a matéria. Logo, esse contexto de transição também demanda uma intervenção pedagógica ainda mais abrangente e empática, pois as causas das dificuldades dos alunos podem ganhar contornos que ultrapassam as questões didáticas.
Gostou deste conteúdo sobre avaliação diagnóstica? Para não perder artigos orientados à gestão escolar, continue sintonizado no Blog e no podcast da Plataforma Redigir.
Quer saber mais? Assine nossa newsletter, conheça estratégias para
melhoria da gestão escolar, descubra as melhores práticas
pedagógicas e alcance resultados mais satisfatórios com nossos
conteúdos exclusivos sobre Educação!
REDIGIR A MAIS LTDA. Copyright © 2021. All rights reserved.