No episódio de hoje, vamos abordar um assunto muito relevante e atual: as fake news e a consequente desestabilização sociopolítica em tempos de crise. Esse tema é potencial para a redação do Enem, principalmente diante das recentes catástrofes ambientais que têm ocorrido. Muitas vezes, as vítimas dessas tragédias não são atendidas adequadamente ou são atendidas tardiamente, devido à propagação de notícias falsas que atrapalham o socorro emergencial. Essa problemática toca não só ao poder público, mas também ao cidadão comum. Portanto, é essencial que esse tema esteja presente no currículo do Ensino Médio, para conscientizar os estudantes sobre seu compromisso com o mundo.
Embora a expressão “fake news” tenha se popularizado, há estudiosos que contestam essa terminologia, afinal, fake news são notícias fabricadas deliberadamente com informações falsas, causando danos, manipulando opiniões e promovendo ganhos políticos e financeiros. No entanto, nem sempre as fake news são completamente falsas. Em muitos casos, elas escamoteiam a verdade, apresentando fatos distorcidos ou descontextualizados. Por isso, o termo “fake news” é controverso, pois a palavra “notícia” é, por definição, algo verdadeiro.
Agora, vamos ao recorte temático que aborda a avalanche de águas, escombros e mortes, especialmente no Rio Grande do Sul. As fake news têm se tornado uma realidade institucionalizada, ou seja, algo naturalizado, tanto no Brasil quanto no mundo. Isso ocorre porque no ambiente virtual as informações circulam com velocidade e alcance, sem fronteiras. Com apenas um clique no mouse, as fake news podem dar a volta ao mundo, interferindo negativamente em casos que exigem urgência na tomada de decisões, como o socorro às vítimas de tragédias.
Para entendermos melhor essa questão, vamos analisar o repertório sociocultural. Em 2012, nos Estados Unidos, durante a passagem do furacão Sandy, circularam nas redes sociais fake news sobre a extensão dos danos. Uma delas, bastante criativa, afirmava que a Bolsa de Valores de Nova York havia sido inundada. Essa informação foi rapidamente desmentida pelo serviço nacional de meteorologia.
Alguns podem questionar por que não citar exemplos de tragédias nacionais, como os deslizamentos na região serrana do Rio de Janeiro, o rompimento de barragens em Mariana e Brumadinho, ou as enchentes no Rio Grande do Sul. A resposta é simples: se o tema proposto focar em eventos climáticos extremos, é provável que esses casos já estejam presentes nos textos de apoio.
Agora, vamos apresentar a tese, que é o posicionamento crítico do dissertador. Uma estratégia eficiente para desenvolver a tese é mencionar propostas de intervenção ou solução para o problema em questão. Nesse sentido, podemos afirmar que a manipulação de informações em momentos de vulnerabilidade social expõe não apenas a fragilidade das democracias, mas também a necessidade de fortalecer a educação midiática como um pilar fundamental para a cidadania.
Com o tema, o repertório e a tese apresentados, vamos aos argumentos. É inegável que as fake news interferem e atrapalham o socorro às vítimas em casos de tragédias ambientais e outros eventos graves e emergenciais. Como isso acontece? As redes sociais, que são os principais veículos de propagação das fake news, podem desviar a natureza, a escala ou a localização de uma tragédia. Isso impacta não apenas o atendimento às vítimas, como também o desvio de recursos. Um exemplo disso ocorreu no Rio Grande do Sul, em maio de 2024, quando uma quantidade inestimável de desinformações circulou, incluindo a notícia falsa de que a ajuda humanitária internacional de Portugal havia sido recusada pelo governo federal. Essa implicação política é apenas um dos problemas causados pelas fake news.
Além disso, as fake news também sobrecarregam as linhas de emergência, pois informações falsas e alarmantes levam a chamadas desnecessárias para os serviços de emergência, congestionando o sistema de atendimento ao público que realmente precisa de ajuda.
Outro ponto importante é a desestabilização, tanto social quanto política. A combinação de catástrofes e fake news gera um desequilíbrio na sociedade e no governo. As mídias televisivas têm mostrado que a disseminação de fake news continua em alta, especialmente no contexto das enchentes no Rio Grande do Sul. É compreensível que as pessoas questionem como as fake news podem desestabilizar a máquina estatal. A resposta é simples: quando a segurança e a confiança nos poderes da república estão em xeque, isso afeta todos os brasileiros.
Agora, vamos discutir possíveis soluções para esse problema. Não existe uma solução única para combater essas fake news que desestabilizam a sociedade e a política. É necessário que o Ministério das Comunicações, responsável pelos serviços de difusão de informações, intervenha, assim como as casas legislativas, discutindo e aprovando medidas que regulamentem o uso das redes sociais de forma mais clara.
No entanto, é importante ressaltar que todos nós estamos envolvidos nessa questão. Famílias, educadores e cidadãos idôneos devem ser mais criteriosos ao compartilhar conteúdos nas redes sociais. É fundamental consultar organizações de fact-checking antes de repostar informações duvidosas. As polícias também devem agir rapidamente ao identificar notícias fraudulentas, rastreando os autores e tomando as medidas necessárias.
Em resumo, as fake news e a consequente desestabilização sociopolítica em tempos de crise são problemas graves que afetam não apenas o socorro às vítimas, mas também a confiança nas instituições e na democracia. É essencial que todos estejam atentos e ajam de forma responsável, combatendo a propagação de informações falsas e buscando soluções para esse desafio. A educação midiática, a intervenção governamental e a conscientização da sociedade são passos importantes nessa jornada.
Caso queiram conhecer, já está disponível no site uma dissertação modelo sobre esse tema.
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