“Escrever é fácil. Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio, você coloca suas ideias.”
1) Letra ilegível – A estética de seu texto é de fundamental importância para ganhar a simpatia de seu examinador. A letra há de ser legível, de tamanho regular. Não se esqueça: o examinador do Enem tem três minutos para ler e avaliar sua redação – tempo de ler, repita-se, e não de adivinhar o que você escreveu! Saiba que não há bom conteúdo que vença uma letra ilegível!
2) Você teria coragem de votar no Temer de novo? Temos aqui, na verdade, não um, mas dois pecados: primeiro, não faça registros extremistas, tendenciosos ou deselegantes contra o poder público; segundo, não dialogue com o leitor. A palavra “você” é sintoma desse diálogo. Perceba: quem é esse “você”? Obviamente, seu leitor. Isso não pode acontecer. A dissertação é um texto formal e, assim, não deve provocar a cumplicidade entre dissertador e leitor. Além disso, evite concluir a dissertação com recados, perguntas ou lições de otimismo ao leitor.
3) Paráfrases ou cópias – Não parafraseie nem copie os textos de apoio; o examinador sabe-os de memória. Caso isso aconteça, o examinador poderá zerar ou decotar parte significativa da nota de sua redação. Evite também a referência direta aos textos de apoio, por exemplo: “conforme aponta a coletânea” ou “assim como consta no texto”.
4) Senso comum – Fuja dele! O que todo mundo diz já é conhecido – não precisa ser mencionado por você. Seu texto vai ser mais bem avaliado se você fundamentar sua crítica em informações factuais colhidas da História passadista ou contemporânea.
5) Expressões coloquiais, frases-feitas, gírias, expressões desgastadas – É preciso evitá-las. Escrever é diferente de falar! Há sempre uma maneira original e elegante de dizer as mesmas coisas. Não use gírias nem palavrões. Não use frases-feitas ou expressões desgastadas, como: antes de mais nada; vale ressaltar; puxar o tapete; cada macaco no seu galho; dar um chega pra lá; o xis da questão; por ironia do destino; escapar pelos vãos dos dedos; dar um pulo maior do que a perna; ser dono do próprio nariz; toda regra tem exceção; ver com bons olhos; por incrível que pareça; modéstia à parte; ter jogo de cintura; assim, sem mais nem menos; num piscar de olhos; para o que der e vier; cortar o mal pela raiz; correr atrás do prejuízo; ter do bom e do melhor; sair com a cara e a coragem; viver num mar de rosas; bater na mesma tecla; a vida tem seus altos e baixos; conhecer os dois lados da moeda; dois pesos e duas medidas; são ossos do ofício; botar pra quebrar.
6) Episódios pessoais – O que aconteceu ontem à tarde com sua família não é válido como argumento; é preciso citar fatos ocorridos com pessoas e/ou entidades conhecidas, midiáticas, para que o corretor tenha certeza de que você não está inventando um fato.
7) Períodos labirínticos – Evite o emaranhado de ideias, coesas entre si, todavia, nem sempre coerentes; a ideia central fica perdida em meio a tantas intercalações. A ideia central deve aparecer no começo do parágrafo: é a informação mais importante, depois da qual as inferências, os exemplos, as explicações, enfim, a “dissecação” daquela ideia. Atenção: não escreva somente frases curtas, sob pena de o texto tornar-se cansativo e primário. O ideal é equilibrar frases curtas em meio a frases um pouco mais extensas. Sete linhas é a medida ideal para um parágrafo.
8) Eu acho que – Evite as armadilhas da primeira pessoa: no meu modo de pensar; eu acho que; na minha opinião. Prefira conduzir a dissertação argumentativa na 3ª pessoa do singular. Lembre-se: tudo o que for dito na 1ª pessoa pode ser dito na 3ª pessoa, o que fica muito mais elegante.
Ex.: “Eu acho que os professores ganham pouco.”
Prefira: “A classe de professores reclama melhores salários.”
9) Anacronismos, erudições – Evite palavras que, apesar de estarem dicionarizadas, já caíram em desuso.
Dica: Não escreva o que você não falaria.
Exemplo de período anacrônico: “Em que pese o brilhantismo da peça preambular, esposada por causídico de costumeira correção, urge salientar que, prolixa e estéril, é carreada de má fé, merecendo, destarte, cair no oblívio.”
Não se esqueça: é possível escrever correta e elegantemente utilizando-se de palavras simples; a elegância está na correção e não na erudição.
10) Coisa interessante – Atente-se à precisão vocabular. Não invente palavras. Consulte sempre um bom dicionário. Evite palavras vazias de conteúdo: interessante; coisa; problema preocupante; situação difícil; é horrível; é absurdo; inacreditável; maravilhoso; admirável; sensacional; esplêndido, etc. Ex.: A adolescência é uma fase interessante, mas temos preocupantes problemas com várias coisas.
IMPORTANTE! Evite expressões inexatas, como “muitos adolescentes”, “a maioria dos professores” – procure substituir “muitos” e “a maioria” por números percentuais, que, quase sempre, podem ser colhidos em textos de apoio, principalmente, em gráficos.
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